Construindo Comunidades Inclusivas para Todos: Semana Internacional das Pessoas Surdas


 

Na última semana do mês de setembro comemora-se a Semana Internacional dos Surdos. A data foi celebrada pela primeira vez em setembro de 1958 e desde então evoluiu para um movimento global de unidade, concentrado em aumentar a conscientização sobre os problemas que os surdos enfrentam em suas vidas cotidianas.

Com o tema: Construindo Comunidades Inclusivas para Todos, comunidades surdas, governos e organizações da sociedade civil mantêm seus esforços coletivos, de mãos dadas na promoção e no reconhecimento das línguas de sinais nacionais como parte das paisagens linguísticas vibrantes e diversificadas de seus países.

No Brasil, aproximadamente 5% da população é composta por quem tem alguma deficiência auditiva, o que equivale a cerca de 10 milhões de brasileiros. Deste grupo, 2,7 milhões possuem surdez profunda.

Surdez é o nome dado à impossibilidade ou dificuldade de ouvir. A audição é constituída por um sistema de canais que conduz o som até o ouvido interno, onde essas ondas são transformadas em estímulos elétricos que são enviados ao cérebro, órgão responsável pelo reconhecimento e pela  identificação daquilo que ouvimos.

Causas:

– a surdez de condução é provocada pelo acúmulo de cera de ouvido, infecções (otite) ou imobilização de um ou mais ossos do ouvido. O tratamento é feito com medicamentos ou cirurgias;

– a surdez de cóclea ou nervo auditivo é desencadeada por: viroses, meningites, uso de certos medicamentos ou drogas, propensão genética, exposição ao ruído de alta intensidade, presbiacusia (provocada pela idade), traumas na cabeça, defeitos congênitos, alergias, problemas metabólicos, tumores. O tratamento é feito com medicamentos, cirurgias, uso de aparelho.

Outros fatores que podem provocar surdez:

– casos de surdez na família;
– nascimento prematuro;
– baixo peso ao nascer;
– uso de antibióticos tóxicos ao ouvido e de diuréticos no berçário;
– infecções congênitas, principalmente, sífilis, toxoplasmose e rubéola.

Prevenção:

– na gestação, doenças como sífilis, rubéola e toxoplasmose podem provocar a surdez nas crianças. Por isso, faz-se necessário a orientação médica pré-natal. Mulheres devem tomar a vacina contra a rubéola antes da adolescência, para que durante a gravidez estejam protegidas contra a doença;

– teste da orelhinha: exame feito nos recém-nascidos permite verificar a presença de anormalidades auditivas;

– cuidado com objetos pontiagudos, como canetas e grampos, pois se introduzidos nos ouvidos, podem causar sérias lesões; devem ser mantidos longe do alcance das crianças;

– atraso no desenvolvimento da fala das crianças pode indicar problemas auditivos, sendo motivo para uma consulta com um médico especialista, evitando assim maiores problemas.

– uso de equipamentos de proteção para trabalhadores expostos aos riscos ocupacionais provocados pelo ruído;

– acompanhamento da saúde auditiva dos trabalhadores, por parte das empresas, visando à eliminação ou redução do ruído no ambiente de trabalho.

 

Fontes:

Espaço Aberto: Revista Eletrônica  da USP, n. 141, ago., 2012
Surdo Cidadão
World Federation of the Deaf