Assistência à Gestação e ao Parto
O acesso à assistência pré - natal ampliou-se bastante, tendo em vista que dentre os nascidos vivos nos cinco anos anteriores às duas pesquisas, a porcentagem de mães que não realizou qualquer consulta ao longo da gestação diminuiu de 14% para 1%. Esta redução foi igualmente expressiva nos contextos urbano e rural. A PNDS 2006 destaca que 77% das mães realizaram no mínimo seis consultas de pré-natal, como recomenda o Ministério da Saúde desde 2000.
Ainda em relação ao número de consultas realizadas de pré-natal, nota-se uma expressiva melhora. O percentual de mães que compareceu a sete ou mais consultas de pré-natal no país cresceu de 47%, em 1996, para 61% em 2006. Esse crescimento aconteceu de forma mais acentuada no meio rural.
A rotina de vacinação antitetânica como procedimento da atenção pré–natal apresentou pequena melhoria, mas continua sendo um problema importante. Aproximadamente 30% das mães não receberam nenhuma dose da vacina, percentual pouco inferior ao encontrado em 1996 (36%).
No que se refere à assistência ao parto, ampliou-se a cobertura do parto hospitalar (98% versus 91%) e do parto assistido por profissionais qualificados – médico e/ou enfermeiro (98% versus 87%). O crescimento mais acentuado de ambas as coberturas no meio rural reduziu significativamente a diferença de assistência à parturiente entre as áreas urbanas e rurais. No contexto rural, esses percentuais elevaram-se de 78% para 96% no parto hospitalar e de 73% para 94% no assistido.
A ampliação da assistência médica nas áreas rurais foi acompanhada de um crescimento das taxas de cesárea. Nessas localidades, a proporção de partos cirúrgicos aumentou de 20% para 35%, enquanto nas áreas urbanas essa taxa sofreu menor ascensão (de 42% para 46%). Conseqüentemente, a taxa nacional de cesáreas aumentou de 36% para 44%.