Morbidade Feminina e Acesso a Medicamentos
A prevalência referida de leucorréia (corrimento vaginal) foi estimada em 24% das mulheres, 38% das vezes acompanhada de prurido. Procuraram por tratamento 57% dessas mulheres e uma pequena parcela (8%) não conseguiu atendimento. O SUS foi o principal recurso assistencial procurado pelas mulheres (73% dos casos). Embora a acessibilidade ao SUS tenha sido inferior à relatada para o setor privado (8% dos casos não atendidos contra 2% dos sistemas por convênio e privado), uma alta capacidade de atendimento foi apontada. Das mulheres atendidas e que receberam uma prescrição medicamentosa, 93% conseguiram pelo menos um dos medicamentos indicados. Essa proporção cai para 86% quando se considera a obtenção de todos os medicamentos prescritos.
No que se refere à morbidade decorrente de doenças crônico-degenerativas, 33% das mulheres declararam ter diagnóstico de pelo menos uma e 16% de mais de uma das seguintes doenças: hipertensão; diabetes; bronquite/asma; depressão/ansiedade/insônia; anemia e artrite/reumatismo.
Destacam-se altos índices de acesso aos medicamentos e a participação do SUS na garantia deste acesso. Dentre as mulheres que referiram pelo menos uma doença crônica e que precisaram de medicamento nos 30 dias anteriores à entrevista, 52% obtiveram parte ou todos os medicamentos no SUS. Isto ocorreu para apenas 37% das mulheres que referiram mais de uma das doenças.