Atividade Sexual e Anticoncepção
Nos últimos 10 anos, verificou-se que as mulheres estão começando sua vida sexual cada vez mais cedo, o mesmo sucedendo com a prática contraceptiva.
Até os 15 anos, em 2006, 33% das mulheres já haviam tido relações sexuais, valor que representa o triplo do ocorrido em 1996. Por sua vez, 66% das jovens de 15 a 19 anos sexualmente ativas já haviam usado algum método contraceptivo, sendo que o preservativo (33%), a pílula (27%) e os injetáveis (5%) foram os mais utilizados.
Para o total de mulheres vivendo em alguma forma de união, 81% delas usavam anticoncepcionais (em comparação com 77% verificados em 1996). Desse valor, 77% utilizavam métodos modernos e 4% os tradicionais. A esterilização feminina manteve-se como o método mais freqüentemente utilizado (29%), seguida pela pílula (25%) e pelo preservativo (12%). A vasectomia responde por 5% das práticas contraceptivas, seguida pelos hormônios injetáveis (4%). O DIU, por outro lado, permanece com baixo patamar de uso (2%).
Existe uma relativa homogeneidade na prevalência contraceptiva nas regiões do país, nas áreas urbanas e rurais, nos diversos níveis de escolaridade e em relação à raça/cor. Entretanto, as diferenças ficam mais evidentes quando se considera o mix de métodos em uso.
No que se refere à esterilização, houve uma pequena redução na idade para a cirurgia. Em 2006, a idade média em que se realizava esse procedimento era de 28.1 anos, enquanto, em 1996, era de 28.9 anos. Além disso, a realização da esterilização antes dos 25 anos correspondeu a 27% e a 20% das mulheres, em 2006 e 1996, respectivamente.
Mudança substancial ocorreu no padrão contraceptivo entre 1996 e 2006. Observa-se um declínio da esterilização feminina que passou de 40% a 29% e um crescimento do uso do preservativo de 4% a 12%.
A maior parte das cirurgias de esterilização feminina continua sendo associada ao parto cesáreo, apresentando o mesmo percentual (59%) em ambas as pesquisas, característica que se acentua com o aumento da idade e do número de filhos.
No que diz respeito às fontes de obtenção de métodos modernos, verifica-se que as farmácias continuam sendo a fonte mais importante de obtenção dos métodos hormonais (pílulas e injeções) e do preservativo. E os serviços de saúde do SUS são os grandes responsáveis pelo provimento da esterilização e do DIU.