03/3 – Dia Mundial dos Defeitos do Nascimento 2020: prevenir, detectar e tratar


Defeitos de nascimento, também chamados de anomalias congênitas, doenças congênitas ou malformações congênitas são anomalias estruturais ou funcionais que ocorrem durante a vida intra-uterina e podem ser identificadas durante a gravidez, no nascimento ou, algumas vezes, posteriormente. Podem afetar quase todas as partes do corpo (por exemplo, coração, cérebro, pés), comprometendo a aparência ou o funcionamento do corpo, ou ambos.

São a segunda principal causa de morte em recém-nascidos e crianças menores de cinco anos nas Américas — em primeiro lugar está a prematuridade. Estima-se que um em cada 33 bebês nasce com defeito congênito no mundo e, anualmente, cerca de 270 mil recém-nascidos morrem nos primeiros 28 dias de vida tendo como causa algum problema congênito. Apesar de nem todas as anomalias congênitas serem fatais, muitas crianças que sobrevivem têm maior risco de apresentarem deficiências em longo prazo, requerendo serviços de saúde e outros serviços de apoio, para melhorar sua qualidade de vida.

Causas:

A maioria dos defeitos congênitos ocorre nos primeiros 3 meses de gravidez, quando os órgãos do bebê estão se formando. As anomalias congênitas podem ter origem genética, infecciosa, nutricional ou ambiental. Embora seja difícil identificar a causa na maioria dos casos, há fatores que aumentam a chance de ocorrência desses agravos:

– fumar, utilizar bebidas alcoólicas ou drogas durante a gravidez;
– obesidade e ou diabetes não controlado antes e durante a gravidez;
– fazer uso de medicamentos contra indicados no período gestacional;
– ter alguém na família com defeito de nascença;
– idade da mãe acima de 35 anos.

Há defeitos raros como a microcefalia, ou frequentes, como as fendas faciais ou o conjunto das displasias esqueléticas. Os distúrbios graves mais comuns de nascimento são defeitos no coração, defeitos do tubo neural e síndrome de Down.

Muitos defeitos congênitos podem ser prevenidos ou tratados com medidas básicas na assistência pré-natal adequada, como a vacinação de meninas contra rubéola (previne a síndrome da rubéola congênita) e a fortificação de alimentos com ácido fólico e vitamina B-12 (para evitar a ocorrência de defeitos do tubo neural, como, espinha bífida e anencefalia).

Fontes:

Centers for Disease Control and Prevention – CDC
Organização Mundial da Saúde
Organização Pan-Americana da Saúde
Sociedade Paraense de Pediatria
Universidade Estadual de Campinas