19/5 – Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal


Cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com Doença Inflamatória Intestinal (DII). A doença está em ascensão e afetando, principalmente, jovens em idade ativa, motivo pelo qual a temática da campanha de 2020 está focada na necessidade de aumentar a conscientização sobre o impacto que a DII tem na vida profissional de uma pessoa.
 
Com algumas estratégias abrangentes no local de trabalho, como por exemplo, horários flexíveis, teletrabalho, etc.), somados a uma melhor compreensão da doença, farão com que trabalhadores acometidos pela DII tenham uma vida produtiva.
As principais mensagens das comemorações deste ano, de acordo com a Federação Europeia de Associações de Doença de Crohn e Colite Ulcerativa (EFCCA), são:
– políticas e estratégias abrangentes no local de trabalho, que levem em consideração as situações de pessoas com doenças crônicas, como a DII, têm um impacto geral positivo, não apenas no paciente, mas na sociedade em geral;
– os custos diretos e indiretos da DII podem ser reduzidos ao se priorizar seu tratamento eficaz.
 
O Dia Mundial da DII foi idealizado em 2010 por organizações de pacientes que representam mais de 50 países nos cinco continentes e é coordenado pela Federação Europeia de Associações de Crohn e Colite Ulcerativa (EFCCA).
 
As Doenças Inflamatórias Intestinais são um conjunto de sinais e sintomas que se manifestam, predominantemente, no cólon (parte do intestino cuja função é extrair água e sais minerais dos alimentos digeridos e as vitaminas K, B1 (tiamina) e B2 (riboflavina) que são produzidas pelas mais de 700 espécies de bactérias que vivem nele, a chamada flora intestinal).
 
Sintomas:

– desconforto abdominal;
– sensação de barriga estufada;
– dor;
– cólicas;
– alternância entre períodos de diarreia e de prisão de ventre;
– flatulência (gases) exagerada;
– sensação de esvaziamento incompleto do intestino.
Os sintomas podem piorar depois da ingestão de certos alimentos, como cafeína, álcool e comidas gordurosas.
Causas:
– motilidade anormal do intestino delgado durante o jejum, contrações exageradas depois da ingestão de alimentos gordurosos ou em resposta ao estresse;
– hipersensibilidade dos receptores nervosos da parede intestinal à falta de oxigênio, distensão, conteúdo fecal, infecção e às alterações psicológicas;
– níveis elevados de neurotransmissores (como a serotonina, por exemplo) no sangue e no intestino grosso;
– infecções e processos inflamatórios;
– depressão e ansiedade.
Tratamento:
A DII não tem cura e seu tratamento visa a melhorar os sintomas como, dor, prisão de ventre e diarreia. Normalmente, os pacientes precisam fazer mudanças na alimentação e no estilo de vida, além de fazer uso de medicamentos em fases mais intensas, que provoquem muito desconforto. O paciente pode passar longos períodos sem manifestações clínicas, mas o problema sempre pode retornar, tanto por distúrbios intestinais quanto por fatores emocionais.
Principais alimentos a serem evitados:
– comidas gordurosas;
– álcool;
– cafeína;
– açúcar;
– produtos com sorbitol (como balas sem açúcar e chicletes);
– vegetais que aumentam a produção de gases (como feijão, repolho e batata doce);
– leite e derivados;
– alimentos picantes ou com muitos conservantes.
Outras recomendações:

– faça uma lista dos alimentos que possam estar associados ao aparecimento das crises e evite-os;
– adote uma dieta com baixo teor de gordura e rica em fibras, mas cuidado com os vegetais que aumentam a produção de gases, como repolho, couve-flor, batata doce, feijão, entre outros;
– evite ingerir bebidas alcoólicas e as que contêm cafeína;
– procure não mascar chicletes nem chupar balas que contenham sorbitol;
– mantenha um programa diário de exercícios físicos;
– não fume;
– não despreze o benefício que a psicoterapia e outras técnicas terapêuticas (relaxamento, por exemplo) podem trazer.
 
Fontes:
 
Dr. Dráuzio Varella
Federação Europeia de Associações de Doença de Crohn e Colite Ulcerativa
Hospital A. C. Camargo