O colesterol é um conjunto de gorduras necessárias para o organismo exercer determinadas funções, como a produção de alguns hormônios. Ele é, portanto, importante e precisa ser ingerido de forma equilibrada para que seus níveis se mantenham regulares.
Há dois tipos de colesterol: o HDL, considerado “colesterol bom” e o LDL, denominado “colesterol ruim”. Cada grupo pode contribuir para a redução ou aumento dos índices. Quando em desequilíbrio no organismo, o colesterol torna-se fator de risco para doenças cardiovasculares, aumentando a incidência de Acidente Vascular Cerebral, de morte súbita e de doença coronariana.
As doenças cardiovasculares são as principais responsáveis pelos óbitos registrados anualmente no Brasil. O desenvolvimento dessas doenças está associado a diversos fatores de risco, tais como: obesidade, aumento do colesterol, pressão alta, diabetes e tabagismo, que podem ser controlados com alimentação saudável e prática de atividades físicas.
Além desses fatores, a hereditariedade pode determinar um colesterol alto mesmo em pessoas que tenham hábitos saudáveis, por isso, além da prática de atividade física e da alimentação equilibrada é importante verificar regularmente as taxas de gordura no sangue e, se necessário, utilizar medicamentos sob prescrição e acompanhamento médico.
Para as comemorações do Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, neste 08 de agosto de 2020, às 10 horas, a Sociedade Brasileira de Cardiologia realizará um webinar com o tema “Aterosclerose” – transtorno que tem entre outras causas, o excesso de colesterol.
A aterosclerose é uma doença que ocorre pelo estreitamento e endurecimento das artérias, provocado pelo acúmulo de placas de gordura em seu interior, reduzindo o fluxo sanguíneo de órgãos vitais como o coração, o cérebro, os intestinos, os braços e as pernas. Nestas placas encontra-se o colesterol constituído por lipoproteínas de baixa densidade (LDL), células musculares lisas, tecido fibroso e, em algumas vezes, cálcio. Quando essa placa cresce, ao longo da artéria, é produzida uma área rugosa na parte lisa, formando coágulo de sangue dentro da artéria, bloqueando o fluxo e levando a graves complicações de saúde, como derrame e ataque cardíaco (infarto).
As principais causas da aterosclerose estão relacionadas ao acúmulo de gordura no interior das artérias devido a uma alimentação rica em gordura e pobre em vegetais, ao sedentarismo, ao hábito de fumar, ao diabetes, a hipertensão arterial e ao colesterol elevado.
Sintomas:
Ocorrem dores que variam de acordo com o local em que acontece o estreitamento das artérias. Dor ou desconforto no peito, quando o coração não está recebendo sangue ou oxigênio suficiente, falta de ar e fadiga quando é realizado esforço físico são sintomas da doença. Dores nas pernas ao caminhar, que melhoram com o repouso, queda de pelos nas pernas, pele fria e palidez nos dedos podem indicar comprometimento das artérias que irrigam estes locais.
Tratamento:
O tratamento para aterosclerose consiste em evitar o crescimento das placas de colesterol e melhorar os sintomas. Poderá ser realizado através da mudança de estilo de vida, prática de exercícios físicos, controle da alimentação e o uso de medicamentos específicos. Em casos mais graves, o médico poderá indicar uma cirurgia de desobstrução dos vasos sanguíneos, que poderá ser feita por cateterismo e angioplastia ou por cirurgia convencional.
Prevenção e controle:
Corrigir os fatores de risco clássicos – hipertensão, sedentarismo, tabagismo, obesidade, diabetes, deixar de fumar, fazer exercício físico, adotar uma dieta adequada – melhora muito a evolução da doença. Com diagnóstico precoce, tratamento dos fatores de risco e das complicações, tem sido possível reduzir a carga da mortalidade por aterosclerose.
Fontes:
Dr. Dráuzio Varella
Ministério da Saúde. Blog da Saúde
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Sociedade Brasileira de Cardiologia: Doença Aterosclerótica
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia