O vitiligo é caracterizado pela perda da coloração da pele. Manchas brancas se formam devido à diminuição ou ausência das células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele. Os locais mais comumente afetados são: mãos, pés, cotovelos, joelhos, face e genitais. Não provoca dor, coceira ou descamação; não é contagioso nem infeccioso.
As causas do vitiligo ainda não estão claramente estabelecidas, mas fenômenos autoimunes parecem estar associados ao seu aparecimento, fazendo com que o próprio organismo produza anticorpos contra os melanócitos, células que dão a coloração normal à pele, deixando-a acrômica (sem cor).
É possível estar associado, ainda, a outras doenças autoimunes, como lúpus, hepatites e tireoideopatias. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam o problema, bem como fatores genéticos.
Pode acometer homens, mulheres e até crianças, de diferentes idades e raças, sem comprometimento da saúde física, mas com considerável perda da autoestima, já que as manchas afetam drasticamente a estética dermatológica.
Por não apresentar sintomas além da descoloração da pele, muitas pessoas não buscam ajuda rapidamente e a doença acaba avançando. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maior a chance de evitar que as manchas fiquem resistentes.
O vitiligo pode se manifestar de seis formas:
– Focal: manchas pequenas em uma área específica do corpo;
– Mucosal: manchas somente nas mucosas, como lábios e região genital;
– Segmentar: manchas distribuídas unilateralmente, apenas em uma parte do corpo;
– Acrofacial: manchas nos dedos e em volta da boca, dos olhos, do ânus e genitais;
– Comum: manchas no tórax, abdome, pernas, nádegas, braços, pescoço, axilas e demais áreas acrofaciais;
– Universal: manchas espalhadas por várias regiões do corpo.
Tratamento:
O tratamento visa cessar o aumento das lesões e a repigmentação da pele. As opções incluem medicações tópicas e orais, associadas ou não à fototerapia com radiação ultravioleta A, ultravioleta B, laser, além de técnicas cirúrgicas de transplante de melanócitos.
Os resultados da terapia podem variar consideravelmente entre uma pessoa e outra, devendo ser individualizada e acompanhada por um profissional médico qualificado (dermatologista) para indicar as melhores opções.
O vitiligo ainda é, infelizmente, uma doença estigmatizante e os pacientes podem desenvolver sintomas emocionais uma vez que as lesões impactam significativamente na autoestima e na qualidade de vida. Portanto, em grande parte dos casos, o tratamento deve estar associado ao acompanhamento psicológico
No Brasil, mais de um milhão de pessoas manifestam a condição (0,5% dos brasileiros). No mundo, atinge, em média, 1% da população.
A Lei nº 12.627/2012 instituiu o “Dia Nacional dos Portadores de Vitiligo” visando aumentar a conscientização, apoiar, educar e combater o preconceito e a desinformação a respeito da doença.
Fontes:
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)