12/10 – Dia Mundial da Artrite Reumatoide


 

O Dia Mundial da Artrite Reumatoide é uma campanha de conscientização global com o objetivo de aumentar a conscientização de todos os públicos, em todo o mundo, sobre a existência e o impacto das doenças reumáticas e musculoesqueléticas. Os efeitos debilitantes dessas doenças, das quais existem mais de 200, são pouco conhecidos; seu impacto, no entanto, é ampla e silenciosamente sentido.

A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune, ou seja, é uma condição em que o sistema imunológico, que normalmente defende o nosso corpo de infecções (vírus e bactérias), passa a atacar o próprio organismo (no caso, o tecido que envolve as articulações, conhecido como sinóvia).

Trata-se de uma doença inflamatória crônica que pode afetar várias articulações. Sua causa é desconhecida e acomete as mulheres duas vezes mais do que os homens. Inicia-se geralmente entre 30 e 40 anos e sua incidência aumenta com a idade.

A inflamação persistente das articulações, se não tratada de forma adequada, pode levar à destruição das juntas, o que ocasiona deformidades e limitações para o trabalho e para as atividades da vida diária.

Os sintomas mais comuns são os da artrite (dor, edema, calor e vermelhidão) em qualquer articulação do corpo sobretudo mãos e punhos. O comprometimento da coluna lombar e dorsal é raro, mas a coluna cervical é frequentemente envolvida.

As articulações inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e com a progressão da doença, há destruição da cartilagem articular e os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional. As deformidades mais comuns ocorrem em articulações periféricas como os dedos em pescoço de cisne, dedos em botoeira, desvio ulnar e hálux valgo (joanete).

Menos comumente outros órgãos ou tecidos como a pele, unhas, músculos, rins, coração, pulmão, sistema nervoso, olhos e sangue podem apresentar alterações. A chamada Síndrome de Felty (aumento do baço, dos gânglios linfáticos e queda dos glóbulos brancos em paciente com a forma crônica da AR) também pode ocorrer.

O tratamento medicamentoso é sempre individualizado e modificado conforme a resposta de cada doente e varia de acordo com o estágio da doença, sua atividade e gravidade, devendo ser mais agressivo quanto mais agressiva for a doença. Em alguns pacientes há indicação de cirurgia.

Fisioterapia e terapia ocupacional contribuem para que o paciente possa continuar a exercer as atividades da vida diária. A proteção articular deve garantir o fortalecimento da musculatura periarticular e adequado programa de flexibilidade, evitando o excesso de movimento.  O condicionamento físico, envolvendo atividade aeróbica, exercícios resistidos, alongamento e relaxamento, deve ser estimulado observando-se os critérios de tolerância de cada paciente.

 

Fontes:

European Alliance of Associations for Rheumatology
Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos/Fiocruz (BioManguinhos)
Sociedade Brasileira de Reumatologia