13/12 – Dia do Cego


A data foi instituída pelo Decreto nº 51.045/1.961 e tem o objetivo de sensibilizar a população contra o preconceito e a discriminação, além de incentivar o espírito de solidariedade humana.

Deficiência visual:

É definida como a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da visão. O nível de acuidade visual pode variar, o que determina dois grupos de deficiência:

Cegueira – há perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar, o que leva a pessoa a necessitar do Sistema Braille como meio de leitura e escrita.

Baixa visão ou visão subnormal – caracteriza-se pelo comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou correção. As pessoas com baixa visão podem ler textos impressos ampliados ou com uso de recursos óticos especiais.

Do total da população brasileira, cerca de 3,5% têm deficiência visual. De acordo com dados do IBGE de 2010, no Brasil 528.624 pessoas são incapazes de enxergar (cegos); 6.056.654 pessoas possuem baixa visão ou visão subnormal (grande e permanente dificuldade de enxergar) e outros 29 milhões de pessoas declararam ter alguma dificuldade permanente de enxergar, ainda que usando óculos ou lentes.

A visão é um dos mais importantes meios de comunicação com o ambiente, pois, cerca de 80% das informações que recebemos são obtidas por seu intermédio.

Os olhos merecem atenção especial, que inclui visitas regulares ao oftalmologista para medição da acuidade visual e detecção precoce de quaisquer outras alterações que requeiram tratamento médico como forma de prevenir complicações que possam levar à cegueira. Doenças como hipertensão e diabetes podem provocar o aparecimento de sintomas oculares e requerem acompanhamento constante.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as principais causas de cegueira no Brasil são: catarata, glaucoma, retinopatia diabética, cegueira infantil e degeneração macular. Entre as crianças, as principais causas são glaucoma congênito, retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular congênita.

Ainda segundo a OMS, se houvesse um número maior de ações efetivas de prevenção e/ou tratamento, 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados.

Prevenção:

Para evitar a cegueira na infância, é importante, a vacinação de mulheres adultas, fundamental na prevenção de rubéola, sarampo e toxoplasmose, que podem levar doenças congênitas à criança durante a gravidez. Já o adulto deve fazer o acompanhamento regular de doenças metabólicas e preexistentes, como pressão alta e diabetes, que também podem causar cegueira.

Prevenção de acidentes oculares:

– guardar substâncias inflamáveis, químicas e/ou medicamentos fora do alcance de crianças;
– objetos pontiagudos ou cortantes, como facas, tesouras, não devem ser manuseados por crianças;
– brinquedos potencialmente perigosos, como estilingue, dardo, flecha, devem ser evitados;
– usar cinto de segurança no carro;
– transportar crianças no banco de trás do carro e quando menores de dois anos, usar cadeira apropriada;
– tomar cuidado especial com esportes violentos e brincadeiras infantis;
– manter as crianças longe do fogão, quando em uso.

Dicas para proteger os olhos:

– usar protetor ocular sempre que houver risco de algo atingir seus olhos;
– lavar os olhos com bastante água limpa se neles cair qualquer líquido;
– usar óculos ou lentes de contato apenas quando prescritos por médico oftalmologista;
– as mulheres devem tomar cuidado com as maquiagens, pois algumas podem provocar alergia;
– utilizar óculos escuros em ambientes com claridade excessiva;
– procurar o oftalmologista periodicamente!


Fontes:

Fundação Dorina Nowil para Cegos
Instituto de Medicina Integral Profº Fernando Figueira (IMIP)
Ministério da Saúde e Confederação Nacional dos Transportes. Saúde ocular. (Folder impresso)
Ministério da Saúde. Informações básicas para a promoção da saúde ocular. (Folheto impresso)
Universidade Federal de Viçosa