22/9 – Dia Nacional da Saúde de Adolescentes e Jovens


 

Adolescentes e jovens representam 30% da população da América Latina e do Caribe, porém, são vistos como um subconjunto saudável da população e, por conseguinte, suas necessidades de saúde são geralmente negligenciadas.

Fortalecer a saúde dos jovens permite que eles ingressem na vida adulta com mais habilidades para servir suas comunidades de forma produtiva, estimulando o crescimento econômico. Além disso, muitos hábitos prejudiciais são adquiridos cedo na vida, e se tornam sérios problemas de saúde na idade adulta.

É fundamental educar os adolescentes e jovens, conscientizando-os para a importância de evitar hábitos que venham a ser problemas de saúde, como as Doenças Crônicas não Transmissíveis (por exemplo, câncer de pulmão causado pelo consumo de tabaco). Ao adotar uma estratégia proativa para promover o envelhecimento saudável, pode-se evitar um ônus financeiro adicional para os sistemas de saúde.

 

A Organização Pan-Americana de Saúde elaborou o Plano de Ação para a Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente 2018-2030 com a meta de proteger os ganhos obtidos até o momento e fechar as brechas restantes para assegurar vidas saudáveis e promover o bem-estar de todas as mulheres, crianças e adolescentes nas Américas. Propõe um enfoque integrado com base no ciclo de vida para abordar os desafios e barreiras comuns à construção de saúde e bem-estar ao longo do tempo e através das gerações.

 

As vulnerabilidades produzidas pelo contexto social e as desigualdades resultantes dos processos históricos de exclusão e discriminação determinam os direitos e as oportunidades de adolescentes e jovens brasileiros.

A atenção integral à saúde dos adolescentes e jovens apresenta-se como um desafio, por tratar-se de um grupo social em fase de grandes e importantes transformações psicobiológicas articuladas a um envolvimento social e ao redimensionamento da sua identidade e dos novos papéis sociais que vão assumindo.

O Ministério da Saúde, visando garantir a atenção integral durante a adolescência, elabora políticas nacionais voltadas para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde, por meio de suas áreas técnicas. Busca-se, com isso, reduzir as principais doenças e agravos, bem como melhorar a vigilância à saúde e contribuir para a qualidade de vida desses milhões de cidadãos brasileiros que estão na faixa etária entre 10 e 19 anos de idade.

Hoje, demandam a atenção do setor saúde novas sintomatologias que estão na fronteira entre os problemas de vida e as patologias, como aquelas trazidas pela violência em geral, pela exploração sexual, pelas síndromes de confinamento, gravidez na adolescência, dentre outras, que atingem sobremaneira as pessoas jovens, e que desafiam o arsenal diagnóstico-terapêutico da biomedicina e a maneira de trabalhar com a ortodoxia da medicina, demandando investigação e inovação nos cuidados em saúde, tanto na atenção básica quanto na média e alta complexidade.

Na organização da atenção integral a adolescentes e jovens, são contemplados os seguintes eixos: promoção da saúde e prevenção de agravos; ações de assistência e reabilitação da saúde e educação permanente. E, ainda, as linhas de ação:

– acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento físico e psicossocial;
– saúde sexual e reprodutiva;
– saúde bucal;
– saúde mental;
– prevenção ao uso de álcool e outras drogas;
– prevenção e controle de agravos;
– educação em saúde;
– direitos humanos, a promoção da cultura de paz e a prevenção de violências e assistência às vítimas.

 

Fontes:

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE Educa). Matérias Especiais: A Saúde dos Adolescentes
Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde
Ministério da Saúde. Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)