Desde 2007, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) promove ações de conscientização em prol da população, através da campanha Coração na Batida Certa. O objetivo é levar ao público leigo informações consistentes sobre as arritmias cardíacas, suas causas e consequências, entre elas a morte súbita cardíaca. Em 2010, o dia 12 de novembro foi instituído oficialmente como “Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita”.
As arritmias representam grande perigo à saúde da população em geral, e principalmente para os que já tiveram um infarto ou têm alguma doença cardíaca. Isso porque, em muitos casos, elas podem ocasionar paradas cardíacas capazes de desencadear, entre outras complicações, intercorrências fatais, como a chamada morte súbita. No Brasil, são estimadas entre 250 mil a 350 mil mortes por ano.
Em seu estado normal, chamado de ritmo sinusal, o coração se contrai ritmicamente, em consequência dos disparos elétricos, de forma regular. Quando não há essa regularidade, ocorre uma alteração do ritmo cardíaco, conhecida como arritmia. Se for rápida e totalmente irregular, pode estar relacionada à Fibrilação Atrial – o tipo mais prevalente de arritmia cardíaca. No País, cerca de 2 milhões de pessoas são afetadas por esta arritmia.
Mais de 95% das mortes súbitas ocorrem fora do ambiente hospitalar. Por isso, ter conhecimento do suporte básico de vida, por exemplo, pode garantir a rápida intervenção e aumentar consideravelmente a taxa de sobrevida durante um evento.
Quando as manobras de ressuscitação são iniciadas imediatamente e em até sete minutos após a parada cardíaca, mais da metade dos pacientes pode ser salva. A sobrevida de pessoas que sofrem uma parada cardíaca pode ser totalmente modificada quando se utiliza adequadamente o desfibrilador automático, cada vez mais presente em muitos locais públicos.
Tipos de arritmias cardíacas: no ritmo normal, o coração bate de 50 a 90 bpm (batimentos por minuto). Quando o coração bate em ritmo lento (abaixo de 50 bpm), ocorre a bradicardia. Já quando o coração bate em ritmo acelerado (acima de 100 bpm em repouso), ocorre a taquicardia.
Sintomas:
Os sintomas mais comuns das arritmias cardíacas são palpitações, escurecimento da vista, tonturas, desmaios, palidez, sudorese, mal-estar, dores no peito e falta de ar. Muitos pacientes não têm sintomas e a descoberta da arritmia é acidental, sendo que a morte súbita pode ser a primeira e a única manifestação.
Tratamento:
O tratamento é feito utilizando medicamentos específicos, implante de marca-passos e a ablação por radiofrequência – um procedimento realizado por meio de cateteres que são levados ao coração por veias e artérias, sem a necessidade de uma cirurgia que abra o tórax. Essa técnica pode tratar de forma definitiva as arritmias cardíacas.
Prevenção:
Assim como o infarto, as arritmias podem ser evitadas e controladas com algumas medidas preventivas como reduzir o estresse, ter uma alimentação balanceada, rica em legumes, frutas e verduras, não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas e de energéticos, não fumar e praticar atividades físicas regularmente.
Fontes:
Hospital do Coração – Associação Beneficente Síria
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco
Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC)