Promovido pela International Federation of Psoriatic Disease Associations (IFPA) e comemorado em 29 de outubro há mais de uma década, o Dia Mundial da Psoríase é uma data em que a comunidade, atualmente em mais de 70 países, se une para conscientizar e pedir ações em apoio às pessoas que vivem com a condição.
O tema da campanha de 2024 é “Família”. Todos que enfrentam a psoríase merecem apoio inabalável. Isso inclui reconhecer os desafios enfrentados não apenas pelo indivíduo, mas também por seus entes queridos.
Como parte do compromisso de aumentar a conscientização e a compreensão, a IFPA desenvolveu recursos detalhando os efeitos da doença na economia familiar, na vida profissional, na vida social, nos relacionamentos, etc., e convida a todos para que se juntem para explorar esses materiais e entender como dar melhor suporte àqueles que vivem com psoríase e suas famílias. Da Conscientização à Ação! Acesse o documento “Inside Psoriatic Disease: Family
Caracterizada como relativamente comum, crônica e não contagiosa, a psoríase é uma doença inflamatória da pele na qual, por predisposição genética, somada a fatores ambientais ou de comportamento, aparecem lesões avermelhadas e que descamam. A condição afeta muito além da saúde física, tendo reflexos na saúde mental e, como consequência, comorbidades severas, levando os pacientes a terem sua qualidade de vida prejudicada.
Causas:
Não se conhece a causa da psoríase, mas sabe-se que apresenta relação com fatores genéticos e imunológicos. Além disso, alguns gatilhos podem desencadear ou agravar o quadro, como estresse, infecções, banhos longos e muito quentes, uso de certas medicações e mesmo o tempo frio.
De acordo com o coordenador da campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dr. Ricardo Romiti: “Formas graves podem estar associadas à obesidade, hipertensão e outras manifestações da síndrome metabólica, aumentando o risco de infarto e acidente vascular cerebral (derrame). Além de acometer a pele, mais ou menos um terço dos pacientes pode ter uma inflamação articular, conhecida como artrite psoriásica, que, se não tratada adequadamente, pode desencadear deformidades”.
Sintomas:
Placas avermelhadas e espessas na pele, cobertas por escamas esbranquiçadas ou prateadas. Essas lesões podem apresentar coceira, dor, queimação e descamação, inchaços e rigidez nas articulações.
Tratamento:
A psoríase não tem cura, porém, é possível obter controle completo ou quase completo de seus sinais e sintomas.
A escolha do tratamento depende da extensão do quadro. De acordo com o médico dermatologista Ricardo Romiti, 70 a 80% dos pacientes possuem a forma mais leve da doença, ou seja, placas nas regiões do cotovelo, joelho ou couro cabeludo, podendo aparecer em qualquer parte do corpo, mas de forma limitada. Essas formas são manejadas com tratamentos tópicos, como cremes, pomadas e loções que produzem efeito anti-inflamatório para regredir o quadro. Já os casos mais graves, extensos e disseminados pelo corpo, necessitam dos tratamentos convencionados, que vão desde a fototerapia até medicação oral.
“Se o paciente não responder ou tiver alguma contraindicação, temos ainda os tratamentos imunobiológicos que são direcionados contra a inflamação específica da psoríase. São medicamentos muito eficazes para as formas mais graves da doença, com um perfil de segurança favorável, mas de custo mais elevado e, portanto, indicados para pacientes que tiveram alguma falha ou contraindicação aos tratamentos convencionais”, detalha o médico.
Com o objetivo de orientar e esclarecer as dúvidas da população sobre essa dermatose que acomete de 3 a 5 milhões de pessoas no país, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promoverá uma Live na rede social Instagram, em 29 de outubro, às 19h.
O perfil da SBD é: @dermatologiasbd
Fontes:
International Federation of Psoriatic Disease Associations (IFPA)
Psoríase Brasil
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)