A World Hypertension League (WHL) promove, anualmente, o Dia Mundial da Hipertensão. O objetivo da data é aumentar a conscientização sobre a pressão alta (PA) em todas as populações ao redor do mundo, com foco na sua medição precisa.
O tema de 2021 é o mesmo adotado na campanha realizada, excepcionalmente, em outubro de 2020: Meça sua pressão arterial com precisão, controle-a, viva mais. A escolha é baseada em estatísticas globais que indicam que menos de 50% dos adultos com hipertensão ou em tratamento com medicamentos anti-hipertensivos, em todo o mundo, sabiam que tinham PA elevada (<40% em países de baixa e média renda).
Aumentar a conscientização sobre a hipertensão e seu controle precoce tornou-se ainda mais crucial, pois a pressão controlada reduz o risco de eventos adversos relacionados à COVID-19 e mortalidade.
A hipertensão é caracterizada pela elevação dos níveis de pressão arterial, mantendo-se acima de 140×90 mmHg (milímetros de mercúrio). Popularmente conhecida como 14/9 – o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração e o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa.
A hipertensão arterial pode ser primária, quando geneticamente determinada ou secundária, quando decorrente de outros problemas de saúde, como doenças renais, da tireoide ou das suprarrenais. É fundamental diagnosticar a origem do problema para que seja introduzido o tratamento adequado.
Principais causas:
Obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento da hipertensão. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar em até 10 anos o aparecimento da doença. O consumo exagerado de sal, associado a hábitos alimentares não adequados também colaboram para o seu surgimento.
Sintomas:
Tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alterações na visão podem ser os sinais de alerta, entretanto, a hipertensão é geralmente silenciosa, sendo importante medir a pressão arterial, regularmente.
Tratamento e cuidados após o diagnóstico:
A hipertensão, na grande maioria dos casos, não tem cura, mas pode ser controlada. Nem sempre o tratamento significa o uso de medicamentos, sendo imprescindível a adoção de um estilo de vida mais saudável, com mudança de hábitos alimentares, redução no consumo de sal, atividade física regular, não fumar, moderar o consumo de álcool, entre outros.
Complicações:
As principais complicações da hipertensão são derrame cerebral, também conhecido como AVC, infarto agudo do miocárdio e doença renal crônica. Além disso, a hipertensão pode levar a uma hipertrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. Seu tratamento, de forma continua, amplia a qualidade e a expectativa de vida.
Prevenção e controle:
– manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares;
– não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos;
– praticar atividade física regular;
– aproveitar momentos de lazer;
– abandonar o fumo;
– moderar o consumo de álcool;
– evitar alimentos gordurosos;
– controlar o diabetes.
Fontes:
International Society for Hypertension
Ministério da Saúde. Hipertensão: vida saudável, o melhor remédio
Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas
Sociedade Brasileira de Cardiologia