“As vacinas nos aproximam” : 24 a 30/4 – Semana Mundial de Imunização


Com o tema ‘As vacinas nos aproximam’, a campanha de 2021 quer mostrar como a vacinação nos conecta com as pessoas, objetivos e momentos que mais importam para nós, ajudando a melhorar a saúde de todos, em todos os lugares, ao longo da vida. As celebrações da data tem como principal objetivo promover o uso das vacinas como instrumento de proteção contra doenças para pessoas de todas as idades.

A data foi criada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), em 2002, com a denominação de Semana de Vacinação nas Américas. Em 2012, a campanha foi estendida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para todo o planeta, tornando-se Semana Mundial de Imunização.

As vacinas nos aproximaram e nos aproximarão novamente!

Por mais de 200 anos, as vacinas nos protegem contra doenças que ameaçavam vidas e impediam nosso desenvolvimento. Com elas, foi possível progredir sem o fardo de enfermidades como a varíola e a poliomielite, que custaram à humanidade centenas de milhões de vidas.

O desenvolvimento de novas vacinas nos aproximam de um mundo livre da tuberculose, do câncer cervical, por exemplo e acabaram com o sofrimento de crianças provocado pelo tétano e pelo sarampo.

Investimentos e novas pesquisas estão possibilitando abordagens inovadoras para o desenvolvimento de vacinas e estão mudando a ciência da imunização para sempre, aproximando-nos de um futuro mais saudável.

A cada ano, milhões de vidas são salvas graças à imunização, amplamente reconhecida como uma das intervenções de saúde mais bem sucedidas.

Conquistas da vacinação:

A vacinação é apontada como o segundo maior avanço da humanidade em termos de saúde pública, atrás apenas da ampliação da oferta de água potável. Confira alguns feitos:

No mundo:

– Erradicação da varíola;
– Quase erradicação da poliomielite. Apenas dois países ainda registram a doença de forma endêmica: Afeganistão e Paquistão;
– Dois a três milhões de vidas salvas todos os anos, segundo a OMS;
– Queda de 73% na mortalidade por sarampo;
– Prevenção de 35% a 63% dos casos de diarreia severa por rotavírus nos países com altas taxas de mortalidade pela doença, dois anos após a implantação da vacina monovalente e de 41% a 57% dois anos após a implantação da vacina pentavalente;
– Redução da mortalidade por gripe nos períodos epidêmicos;
– Proteção contra a raiva nos países precocemente vacinados após acidentes de risco.

Nas Américas:

– Eliminação da rubéola, da síndrome da rubéola congênita e do tétano materno e neonatal;
– Eliminação do sarampo entre os anos de 2016 e 2018. A doença retornou após queda continuada nas coberturas vacinais.

No Brasil:

– Eliminação da febre amarela urbana;
– Controle da difteria, febre tifoide e meningite tuberculosa;
– Queda expressiva das meningites bacterianas, especialmente as causadas por Haemophilus influenzae B e meningococo C;

Muito a avançar

Na avaliação da OMS, no entanto, vivemos um período de “progresso regular, mas ganhos frágeis”. Ao mesmo tempo em que 116 milhões de crianças receberam as três doses da vacina tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche) em 2018 e que países de baixa ou média renda aumentaram significativamente as coberturas vacinais, dificilmente será possível cumprir a meta de eliminação de doenças prevista no Plano Global de Ação em Vacinação 2011-2020 (GVAP, na sigla em inglês).

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) representa uma das intervenções em saúde pública mais importantes no cenário de saúde brasileiro. As ações de vacinação e vigilância apresentam impacto positivo na prevenção e controle de doenças imunopreveníveis refletindo positiva e diretamente na qualidade e expectativa de vida da população. Vale ressaltar que o êxito das ações de imunização resulta de uma associação de fatores por parte das instâncias gestoras envolvidas, incluindo aquisição, planejamento, infraestrutura, logística, treinamento e recursos humanos que, nas diferentes atuações, asseguram imunobiológicos de qualidade à população.

O PNI é um sucesso do Brasil reconhecido internacionalmente. São mais de 300 milhões de doses anuais distribuídas em vacinas, soros e imunoglobulinas, fatos que contribuíram, por exemplo, para a erradicação da varíola e da poliomielite, além da redução dos casos e mortes derivadas do sarampo, da rubéola, do tétano, da difteria e da coqueluche.

O Programa define os calendários de vacinação considerando a situação epidemiológica, o risco, a vulnerabilidade e as especificidades sociais, com orientações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e povos indígenas. E, para que o programa continue representando um sucesso na saúde pública, cada vez mais esforços devem ser despendidos. Todas as doenças prevenidas pelas vacinas que constam no calendário de vacinação, se não forem alvo de ações prioritárias, podem voltar a se tornar recorrentes.

Conheça o calendário brasileiro de vacinação, por faixa etária:

Calendário de vacinação da criança

Calendário de vacinação do adolescente

Calendário de vacinação do adulto/idoso

Calendário de vacinação da gestante

Calendário de vacinação dos povos indígenas

Fontes:

Ministério da Saúde
Organização Pan-Americana da Saúde
Secretaria de Estado da Saúde de Goiás
Sociedade Brasileira de Imunizações
World Health Organization