ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE


GASTOS COM SAÚDE; MEDIDAS, MÉTODOS E TEORIAS

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RATHE, Magdalena et al. Primary health care expenditure in the Americas: measuring what matters. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington, [online], v. 46, e70, 2022. Disponível em Scielo

This special report compares the measurement of primary health care (PHC) expenditure proposed by the Organization for Economic Cooperation and Development (OECD) and by the World Health Organization (WHO), according to the global framework for reporting health expenditures (SHA 2011) in three countries in the Region of the Americas. There are conceptual differences: (1) operationalization as basic care, by OECD, versus first contact, by WHO; (2) a wider range of goods and services in the WHO definition (including medicines, administration, and collective preventive services); and (3) consideration only of services in outpatient providers by OECD. PHC expenditures as a percentage of current healthcare spending in 2017 for WHO and OECD: Mexico (43.6% vs. 15.1%); Dominican Republic (41.1% vs. 5.75%), and Costa Rica (31.4% vs. 5.7%). The broad WHO definition of PHC as first contact facilitates inclusion of services that reflect the way countries provide care to their populations. Even so, WHO could improve its category descriptions for the purposes of international comparison. Restricting PHC to outpatient providers (as the OECD does) greatly limits measurement and excludes interventions intrinsic to the concept of PHC, such as collective preventive services. As a transitional step, we recommend that countries should monitor PHC funding and should explain what they include in their definition. SHA 2011 makes it possible to identify and compare these differences.

NASF; SAÚDE MENTAL; CAPACIDADE DE RESPOSTA

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DIMENSTEIN, Magda; MACEDO; João Paulo; SILVA, Brisana Índio do Brasil de Macêdo. Capacidade de resposta do NASF em saúde mental. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, [online], v. 33, e33017, 2023. Disponível em Scielo

Objetivou-se analisar a capacidade de resposta do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em saúde mental em três estados nordestinos a partir do II e III Ciclos do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Os resultados foram analisados em nível estadual, nos municípios pertencentes ao G1 e nos 48 municípios que concentram simultaneamente assentamentos rurais e comunidades quilombolas. Identificaram-se aspectos mais e menos favoráveis em termos da oferta de ações em saúde mental que atravessam os dois ciclos avaliativos. Os dados demonstram a possibilidade de um efetivo compartilhamento de responsabilidades e de coordenação do cuidado entre o NASF e as equipes de AB. Entretanto, em relação às demandas de cuidado referentes ao uso de substâncias psicoativas, em ambas as avaliações e nos três níveis de estratificação, as equipes NASF obtiveram desempenho menos favorável, indicando que a capacidade de resposta ao sofrimento associado ao uso de álcool e outras drogas é menos efetiva, precisando ser reforçada e aprimorada na APS.

POLÍTICA DE NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO; TÉCNICA DELFOS; ESTUDO DE VALIDAÇÃO; SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE; BRASIL

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BRANDÃO, Ana Laura et al. Recomendações para o fortalecimento da atenção nutricional na atenção primária à saúde brasileira. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington, [online], v. 46, e119, 2022. Disponível em Scielo

Objetivo: Elaborar recomendações para o fortalecimento da alimentação e nutrição (A&N) na atenção primária à saúde (APS) brasileira a partir de um consenso de especialistas. Métodos: Realizou-se estudo descritivo e exploratório utilizando a técnica Delphi. De 172 especialistas em A&N na APS convidados a participar, 116 aceitaram o convite e 72 participaram da primeira rodada. A segunda rodada teve 56 participantes das cinco macrorregiões brasileiras, entre gestores, profissionais de saúde, representantes da sociedade civil e pesquisadores. As recomendações foram construídas por análise temática das respostas a perguntas abertas sobre obstáculos, estratégias, ações e iniciativas de cinco componentes técnicos da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (vigilância alimentar e nutricional, atenção e coordenação do cuidado nutricional, promoção da saúde, intersetorialidade e gestão das ações de A&N). Na segunda rodada, os especialistas classificaram cada item proposto quanto à sua pertinência e relevância para fins de recomendação. Resultados: Os especialistas elaboraram 35 recomendações, organizadas em seis categorias: estrutura; agenda de A&N na APS; organização em rede e organização da APS; processos de trabalho de A&N na APS; planejamento, monitoramento e avaliação das ações de A&N na APS; e sistema de informação. As categorias foram organizadas em dois blocos: “ações estruturantes da APS para o fortalecimento da A&N” e “ações estruturantes da A&N para o fortalecimento da APS”. Conclusões: As recomendações foram produzidas por pessoas experientes que acompanham a trajetória da A&N e da APS por diferentes pontos de vista, sendo úteis para a gestão e proposição de políticas públicas rumo ao fortalecimento da A&N nas APS brasileira.

PREVENÇÃO DE DOENÇAS; PROMOÇÃO DA SAÚDE; USUÁRIOS DE DROGAS; ZONA RURAL

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SANTOS, E. O. dos et al. Avaliação das estratégias de promoção da saúde e prevenção ao uso de drogas na rede psicossocial. Escola Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 27, p. e20220110, 2023. Disponível em Scielo

Objetivo: avaliar as estratégias de promoção da saúde e prevenção ao uso de drogas na Rede de Atenção Psicossocial. Método: estudo qualitativo, fundamentado na avaliação de empoderamento, desenvolvido em 2017 na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de um município do Rio Grande do Sul, Brasil. Os grupos de interesse foram 42 trabalhadores e gestores representativos dos componentes da RAPS municipal. Foram utilizadas técnicas de observação participante, entrevistas e Fórum Aberto. Resultado: avaliou-se que as ações de investimentos, constituindo-se a missão dos trabalhadores e gestores. Identificou-se como dificuldade a atuação da atenção primária, devido às fragilidades nas políticas públicas e à falta de apoio dos serviços especializados. Como potencialidade, elencou-se o matriciamento em saúde mental. Sugere-se investimento na Atenção Primária por meio de treinamento e suporte a essas equipes. Conclusão e implicações para a prática: a pauta da promoção da saúde e prevenção ao uso abusivo de drogas é urgente e deve ser incluída na estruturação de políticas públicas e práticas no âmbito das redes.