Aterosclerose e arteriosclerose


As artérias são estruturas semelhantes a tubos, responsáveis por levar o sangue oxigenado vindo dos pulmões e impulsionado pelo coração para todos os tecidos do corpo. O oxigênio é essencial para o funcionamento normal de todos os tecidos e órgãos do corpo e qualquer obstrução em uma artéria, seja parcial ou total, levará a uma diminuição na quantidade de sangue que chega às células.

Essa carência de oxigênio causará sofrimento ou até mesmo a morte das células relacionadas ao ramo arterial obstruído. As obstruções nas artérias que nutrem o coração (artérias coronárias) são graves e podem ser fatais, dependendo do grau de obstrução.

O colesterol elevado no sangue é uma das principais causas do acúmulo de gordura nas paredes das artérias, provocando seu “entupimento”, ou seja, a aterosclerose.

Existem dois tipos de colesterol no sangue. O LDL, conhecido como “ruim” e o HDL, que protege o coração de doenças e, por isso, é considerado “bom”.

O consumo excessivo de gorduras presentes em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, derivados do leite, além de produtos ultra processados, como biscoitos, margarina, salgadinhos de pacote, comidas congeladas, bolos prontos e sorvetes, é um dos motivos da alteração dos níveis de colesterol ruim.

Uma outra doença, um pouco diferente e com nome parecido, é a arteriosclerose, que se caracteriza pelo acúmulo de gordura e cálcio ao longo de toda a extensão de uma artéria, deixando-a endurecida.

Tanto a atero como a arteriosclerose são doenças provocadas pelo acúmulo de colesterol ruim em placas ou ao longo das artérias.

Os sintomas vão depender de qual artéria está mais entupida:

– coronárias (artérias do coração) provocam dor cardíaca durante o esforço (angina de peito). Pode haver enfarte de forma repentina;

– carótidas (artérias do pescoço) provocam perturbações visuais, paralisias. Pode haver desmaios ou derrame (AVC) de forma repentina;

– ilíacas ou femorais (artérias das pernas) provocam dor nas pernas ao caminhar, queda de pelos, enfraquecimento da pele, das unhas e dos músculos, impotência (dificuldade de ereção peniana). Pode haver gangrena de forma repentina.

Os estudos mostram que algumas pessoas têm maior possibilidade de desenvolver aterosclerose. São os chamados fatores de risco:

Idade: faixa de 50 a 70 anos;

Sexo: Ocorre mais no sexo masculino, porém as mulheres depois da menopausa têm o mesmo risco;

Excesso de gordura no sangue: obstrui as artérias progressivamente;

Fumo: pessoas que fumam têm um risco nove vezes maior de desenvolver a aterosclerose do que as que não fumam;

Pressão alta: a hipertensão arterial provoca alterações na superfície interna das artérias que facilitam a penetração das gorduras;

Falta de atividade física;

Parentes com o mesmo problema;

Pessoas com diabetes.

Prevenção e tratamento:

Tratar adequadamente a hipertensão e o diabetes, ter uma alimentação saudável, sobretudo com baixo teor de gorduras saturadas, parar de fumar, perder peso para pessoas com sobrepeso ou obesidade e praticar atividade física regular são comportamentos que reduzem o risco para aterosclerose e, seguramente, fazem parte do tratamento dos portadores dessa doença.

Para as pessoas que não conseguem diminuir suas taxas de gordura no sangue com as medidas acima, é necessário utilizar medicamentos. Em todos os casos, o acompanhamento médico é fundamental.

 

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em dezembro de 2021

Fontes:

Academia Nacional de Medicina

Dr. Dráuzio Varella

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular

Sociedade Brasileira de Cardiologia

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia