BEM-ESTAR DA CRIANÇA


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BONILHA, Luís R. C. M.; RIVOREDO, Carlos R. S. F. Puericultura: duas concepções distintas. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 81, n. 1, p. 7-13, jan./fev. 2005. Disponível em Scielo

OBJETIVO: Apresentar, na forma de ensaio, a existência de dois discursos que definem a puericultura e sua história de maneiras distintas. MÉTODOS: Através de métodos diferentes de análise histórica, as duas leituras mais comuns sobre a puericultura são sintetizadas: a positivista, baseada fundamentalmente em fatos históricos, e a da crítica social, que procura contextualizar os fatos históricos em meio aos acontecimentos nas várias esferas da sociedade. RESULTADOS: A coexistência de duas concepções distintas de puericultura revela a presença de ideologias em conflito, mas não invalida as duas formas diferentes de conhecimento. CONCLUSÕES: A compreensão da puericultura através da história, embora não permita conclusões definitivas sobre o que a puericultura é ou será, permite reflexões concernentes aos seus significados mais práticos, quais sejam: a possibilidade de um olhar, no campo de práticas, que reúna o conjunto de saberes positivos, sem, no entanto, deixar de reconhecer suas limitações; e a elaboração de normas de puericultura que já tenham a preocupação com o seu caráter de prática social, determinado por dimensões diversas, e não por um interesse ideológico.

MORTALIDADE INFANTIL

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AFONSO, Eliane Terezinha; MARQUES, Solomar Martins; SILVA, Marta Maria Alves da; MORAIS NETO, Otaliba Libânio de. Projeto ‘Nascer Feliz’: ações integradas para a redução da mortalidade infantil. Divulgação em Saúde para Debate, Rio de Janeiro, n. 32, p. 65-70, maio 2005.

Em 2003, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Goiânia, objetivando dar continuidade à redução da morbimortalidade infantil, propôs a implementação e implantação de um conjunto de ações de intervenção, com o foco no período neonatal. A vigilância dos óbitos infantis apontou indicadores relativos às causas básicas da mortalidade infantil na cidade. As ações desenvolvidas foram múltiplas, enfatizando o planejamento familiar, pré-natal, parto, atenção aos recém-nascidos, especialmente de alto risco. Como resultado, observou-se a redução da mortalidade infantil de 17,7 em 2000 para 14,4 para cada mil nascidos vivos em 2003. Destacam-se, no mesmo período, quedas de 26,6% dos óbitos fetais e 18% de gravidez na adolescência, e aumento de 9% do número de gestantes com mais de sete consultas de pré-natal.

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MORENO, Ana Beatriz Rabello Miguel; GIORGI, Edith Maria Garbogini di; BORGES, Moema Maria Guedes. Programa ‘Bebê Saudável’: estratégia de redução da mortalidade infantil. Divulgação em Saúde para Debate, Rio de Janeiro, n. 32, p. 61-64, maio 2005.

Na investigação de óbitos de menores de um ano ocorridos na cidade de Sorocaba, observou-se que a maioria destes ocorriam após uma, duas, ou mais internações. Esse fato transformou a internação em um evento sentinela e foi criado um sistema de seguimento dessas crianças, articulando-se parcerias entre o Programa Recém-nascido de Risco, enfermarias pediátricas da cidade de Sorocaba, Unidades Básicas de Saúde e Serviços social e psicológico. Com o desenvolvimento do Programa Bebê Saudável, observou-se uma tendência de queda, de 2003 para 2004, na mortalidade pós-neonatal, apontando uma redução de 23,4%. Observou-se, ainda, maior integração entre a rede básica e hospitalar e maior comprometimento dos profissionais com o RN de risco.