BIOÉTICA



REABILITAÇÃO; INCLUSÃO SOCIAL

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BARCHIFONTAINE, Christian de Paul de. Bioética e reabilitação. O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 26, n. 3, p. 370-5, jul./set. 2002.

O autor em sua palestra fala sobre a Bioética como uma ponte entre várias ciências, considerando que os princípios básicos da mesma devem pautar também os programas de reabilitação fazendo com que seus profissionais reflitam sobre sua responsabilidade social no tocante às pessoas deficientes. Ressalta o importante papel que deve ser desempenhado pelo Estado, pela Sociedade Civil e pelo Mercado quando a questão é cidadania, sobretudo em relação às pessoas especiais que hoje no Brasil de acordo com o Censo de 2000 revela que 14,5% da população total apresenta algum tipo de deficiência. Conclui o autor mostrando diferentes pontos de vista em relação à questão, ressaltando que no meio de tantas discussões e pontos de vista diferentes o que deve prevalecer é: “todas as vidas humanas têm igual valor e igual dignidade, e o progresso científico só encontra sua plena legitimidade enquanto permite uma vida melhor para t

ESTRESSE PSICOLÓGICO; HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA

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PESSINI, Léo. Humanização da dor e sofrimento humanos no contexto hospitalar. Bioética, Brasília, v. 10, n. 2, p. 51-72, 2002.

Este artigo procura realçar a importância e a necessidade da dimensão humana no cuidado da dor e sofrimento humanos no âmbito da saúde, especificamente no hospital. Hoje, muito se fala e reclama da desumanização das instituições de saúde. O hospital reflete essa problemática como que um espelho, o que de pior e de melhor acontece na nossa sociedade desumanizada e desumanizante. A humanização desta instituição passa, obrigatoriamente, também pela humanização deste universo maior condicionante da sociedade. No tocante ao cuidado digno da dor e sofrimento humanos, o sistema de saúde brasileiro ainda está numa fase rudimentar. Há muito o que se fazer em termos de operacionalização de políticas públicas relacionadas com a questão, bem como intervir no aparelho formador de profissionais  para criar uma nova cultura. Num contexto de crescente tecnologização do cuidado, é urgente o resgate de uma visão antropológica holística, que cuide da dor e sofrimento humanos nas suas várias dimensões, ou seja, física, social, psíquica, emocional e espiritual. Para além da difícil resposta à questão do “porquê” da dor/sofrimento, campo das filosofias e religiões, o cuidado solidário, que alia competência técnico-científica e humana, em meio à dor e sofrimento do outro é uma chance preciosa para nos deixarmos tocar em nossa sensibilidade e nos humanizarmos no processo.