“Compartilho minha história porque somos bipolares juntos!”: 30/3 – Dia Mundial do Transtorno Bipolar


 

Com o slogan “Compartilho minha história porque somos bipolares juntos”, a campanha de 2022 valoriza a necessidade de quebrar o estigma, mostrando aos outros que ter transtorno bipolar não é algo para se envergonhar. Dividir sua história neste Dia Mundial promove a educação e a conexão com outras pessoas, online!

A data, que homenageia o nascimento do pintor holandês Vincent Van Gogh, diagnosticado, postumamente, como provável portador do transtorno, é uma oportunidade de união e solidariedade em busca da conscientização sobre os transtornos bipolares.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o transtorno afetivo bipolar atinge atualmente cerca de 140 milhões de pessoas no mundo e é considerada uma das principais causas de incapacidade.

A causa exata do transtorno é desconhecida, no entanto, estudos sugerem que o problema pode estar associado a alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores, como noradrenalina e serotonina.

As alterações marcantes do humor, da energia e do nível de atividade, afetam a habilidade do indivíduo em lidar com as tarefas do dia a dia.

As principais características do transtorno são: episódios depressivos alternados com episódios de euforia (também chamada de mania ou hipomania, dependendo da intensidade e da duração) e casos em que há uma mescla de episódios depressivos com os de euforia.

Alguns sintomas comuns da fase de euforia são: sensação de extremo bem-estar; aceleração do pensamento e da fala; agitação e hiperatividade; diminuição da necessidade de sono; aumento da energia; impulsividade; ideias de grandiosidade e sensação de “poder”, dentre outros.

Já na fase de depressão, podemos citar: alterações de apetite com perda ou ganho de peso; humor deprimido na maior parte dos dias; apatia, perda de interesse ou prazer; pensamentos recorrentes de morte ou suicídio; sentimentos de culpa ou inutilidade; desânimo e cansaço mental; tendência ao isolamento, tanto social como familiar; ansiedade e irritabilidade.

Transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. O tratamento inclui o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, tais como fim do consumo de substâncias psicoativas, (cafeína, anfetaminas, álcool e cocaína, por exemplo), desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e sono e redução dos níveis de estresse.

O transtorno tem alto impacto na vida da pessoa e de seus familiares, trazendo significativo comprometimento dos aspectos sociais, ocupacionais e em outras áreas. O avanço dos medicamentos que tratam a doença diminuiu bastante o tempo que era dispendido em hospitalizações fazendo com que o tratamento domiciliar, centrado no cuidado da família e dos amigos, seja de suma importância no suporte ao paciente.


Fontes
:

Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA)
Dr. Dráuzio Varella
Hospital Nossa Senhora da Conceição (Pará de Minas – MG)
International Society for Bipolar Disorders
Jornal da PUC/SP