CUIDADO PRÉ-NATAL


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ALVES, Elisabete; SILVA, Susana; MARTINS, Simone; BARROS, Henrique. Estrutura familiar e uso de cuidados pré-natais. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 31, n. 6, p. 1298-1304, jun. 2015. Disponível em Scielo

Este estudo transversal pretende avaliar a utilização dos cuidados pré-natais segundo a estrutura familiar, numa população com acesso universal e gratuito a estes cuidados. Em 2005-2006, puérperas foram recrutadas em maternidades públicas do Porto, Portugal, na coorte de nascimento portuguesa. Nesta análise, foram incluídas 7.211 mulheres. Dados sobre as características sociodemográficas, antecedentes obstétricos e cuidados pré-natais foram reportados. Definiram-se como mães monoparentais todas aquelas que não viviam em casal na altura do parto. Cerca de 6% eram mães monoparentais. Essas mulheres eram mais propensas a ter uma gravidez não planejada (OR = 6,30; IC95%: 4,94-8,04), cuidados pré-natais inadequados (OR = 2,30; IC95%: 1,32-4,02) e a não realizar uma ecografia e iniciar a ingestão de ácido fólico durante o primeiro trimestre da gravidez (OR = 1,71; IC95%: 1,30-2,27; e OR = 1,67; IC95%: 1,32-2,13, respectivamente). A adequação e utilização de cuidados pré-natais foram menos frequentes em mães monoparentais. As intervenções educativas devem reforçar o uso e início precoce dos cuidados pré-natais.