DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS


MORTALIDADE PREMATURA; REGISTROS DE MORTALIDADE; DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL; ANÁLISE DE PEQUENAS ÁREAS

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CARDOSO, Laís Santos de Magalhães; TEIXEIRA, Renato Azeredo; RIBEIRO, Antonio Luiz Pinho; MALTA, Deborah Carvalho. Mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis nos municípios brasileiros, nos triênios de 2010 a 2012 e 2015 a 2017. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, [online], v. 24, supl. 1, e210005, 2021. Disponível em Scielo

Objetivo: Estimar a mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis nos municípios brasileiros. Métodos: Estudo ecológico com estimativa das taxas de mortalidade prematura por doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, neoplasias e diabetes nos municípios brasileiros, nos triênios de 2010 a 2012 e 2015 a 2017, e análise da distribuição espacial e temporal dessas taxas. Realizou-se redistribuição proporcional dos dados faltantes e das causas mal definidas, e aplicaram-se coeficientes para correção de sub-registro. As taxas municipais de mortalidade foram calculadas pelo estimador bayesiano empírico local. Resultados: No Brasil, houve redução das médias das taxas municipais para o conjunto das doenças crônicas entre os triênios. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, houve declínio das médias das taxas para o total das DCNT; e no Nordeste, viu-se acréscimo. As médias das taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares foram as mais altas em todas as regiões, mas apresentaram os maiores declínios entre os períodos. As neoplasias representaram o segundo principal grupo de causas. Norte e Nordeste destacaram-se pelo aumento das taxas médias de neoplasias entre os períodos analisados, bem como pela concentração das taxas mais altas de mortalidade prematura por diabetes no triênio 2015 a 2017. Conclusão: Diferenças na distribuição espaço temporal das taxas de mortalidade prematura por DCNT foram identificadas entre municípios e regiões brasileiras. Houve redução das taxas por doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas e diabetes no Sul e no Sudeste; aumento das taxas por neoplasias no Norte e no Nordeste; e aumento por diabetes no Norte e no Centro-Oeste.