DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS


043
ELLIS, Brett R.; WILCOX, Bruce A. Dimensões ecológicas do controle e gerenciamento de doenças transmitidas por vetores. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, supl. 1, p. S155-S167, 2009. Disponível em Scielo

A tendência alarmante em direção ao ressurgimento de doenças transmitidas por vetores continuará, a menos que ações eficazes sejam tomadas para controlar suas causas primárias. Fatores sociais, mudanças ambientais causadas pelo homem e/ou mudanças ecológicas são, aparentemente, a base do problema. A dimensão ecológica da pesquisa e do gerenciamento dessas doenças é um elemento difuso e constante, já que consiste, essencialmente, em um problema de caráter ecológico com dimensões biofísica, social e econômica. No entanto, há pouca discussão sobre a dimensão ecológica, sobre o campo da ecologia (p.ex.: seu papel e suas limitações) e sobre os conceitos relacionados à abordagem ecossistêmica na saúde. Uma perspectiva ecológica poderá permitir uma análise antecipada da eficácia de intervenções, oferecer respostas para resultados inesperados provenientes de ações para controle de vetores e contribuir para o planejamento de medidas eficazes de gerenciamento em um ambiente em constante mudança. O objetivo deste trabalho é explorar a dimensão ecológica de doenças transmitidas por vetores e esclarecer o papel do “pensamento ecológico” no desenvolvimento e implantação de ações de controle vetorial, ou seja, abordagem ecossistêmica para o controle de doenças transmitidas por vetores.