DROGAS ILÍCITAS


EDUCAÇÃO EM SAÚDE; ADOLESCENTE; SITUAÇÃO DE RISCO

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SANCHEZ, Zila van der Meer; OLIVEIRA, Lúcio Garcia de; RIBEIRO, Luciana Abeid; NAPPO, Solange Aparecida. O papel da informação como medida preventiva ao uso de drogas entre jovens em situação de risco. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, n. 3, p. 699-708, maio 2010. Disponível em Scielo

Entre os jovens, o uso de drogas ilícitas é um problema de saúde coletiva que desperta atenção. Poucos estudos sobre motivos para o não-uso de drogas exploram o real papel da informação como método preventivo. Este estudo pretende analisar, entre adolescentes e jovens em situação de risco, os motivos para o não-uso de drogas ilícitas destacando o impacto da informação como fator protetor. Através de metodologia qualitativa, adotou-se uma amostra intencional, selecionada por informantes-chave e por “bola-de-neve”. Foram entrevistados 62 adolescentes e jovens entre 16 e 24 anos, de baixa classe socioeconômica. Destes, 32 eram não-usuários de drogas (NU) e 30 eram usuários pesados (U). Entre o grupo NU, a informação destacou-se como principal motivo de não-uso, através do conhecimento de aspectos positivos e negativos. O principal meio de veiculação foi a família, seguido da observação da experiência negativa vivenciada por amigos que já faziam abuso. Em contrapartida, no grupo U, prevaleceu a falta de informação ou a disponibilidade de conhecimentos vagos. Dispor de informações adequadas sobre o tema “drogas” parece essencial à prevenção do uso experimental entre adolescentes e jovens em situação de risco. No entanto, a informação que mais parece eficaz é a transmitida pela família.


PESQUISA DOMICILIAR

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FONSECA, Arilton Martins; GALDUROZ, José Carlos Fernandes; NOTO, Ana Regina;  CARLINI, Elisaldo Luiz de Araújo. O uso de drogas no Brasil: comparação de dois levantamentos domiciliares: 2001 e 2004. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, n. 3, p. 663-670, maio 2010. Disponível em Scielo

O CEBRID realizou duas pesquisas domiciliares sobre drogas no Brasil, uma em 2001 e uma em 2004, permitindo, pela primeira vez, uma comparação usando a mesma metodologia. O universo estudado correspondeu à população brasileira que vive nas 107 cidades brasileiras com mais de 200.00 habitantes. 8,589 pessoas foram entrevistadas na primeira pesquisa realizada em 2001 e 7,939 pessoas, na segunda. Os dados sobre a prevalência mostraram que houve um aumento significativo do uso na vida de drogas psicotrópicas (inclusive para o tabaco e o álcool). Em 2001, 19,4% dos entrevistados relataram ter usado algum tipo de droga e, em 2004, foi 22,8% de uso na vida de drogas, um aumento estatisticamente significativo. Verificou-se também um aumento estatisticamente significativo no uso na vida de álcool e tabaco na comparação entre os dois levantamentos.