EPILEPSIA


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FERNANDES, Paula T.; NORONHA, Ana L. A.; SANDER, Josemir W. et al. Capacitações e multiplicadores: uma estratégia para educação de profissionais da área de saúde na epilepsia. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, São Paulo, v. 65, supl. 1, p. 14-22, jun. 2007. Disponível em Scielo

OBJETIVO: Avaliar conhecimentos, atitudes e percepção sobre epilepsia de profissionais da saúde do sistema de atenção básica antes e depois de curso de capacitação. MÉTODO: Cursos de capacitação foram realizados em três grupos de profissionais de saúde: 1. cursos de capacitação para médicos (241 sujeitos); 2. cursos de inserção social para agentes comunitários de saúde (631 sujeitos); 3. cursos de replicadores para médicos (11 sujeitos). O programa de capacitação foi adaptado para as condições de cada local. Para avaliar o processo, foram aplicados questionários a respeito do seu conhecimento, sua atitude e percepção perante à epilepsia (KAP) antes dos cursos (pré-teste) e após a intervenção (pós-teste). RESULTADOS: A comparação feita a respeito do conhecimento com médicos mostrou que os mesmos melhoram seu conhecimento com os cursos (pré-teste: nota média=55.8; DP=14,0) vs. pós-teste: nota média=71,5; DP=12,0; t-test=7,8; p<0,001). O mesmo padrão ocorreu com os agentes comunitários de saúde: pré-teste: nota média=22.3; DP=12,5) vs. pós-teste: nota média=36,6; DP=12,5; t-test=12,4; p<0,001. Com relação a atitudes e percepção, foram observadas melhoras significativas depois da realização dos cursos. DISCUSSÃO: Os cursos de capacitação promovem melhoras no conhecimento, atitude e percepção, com baixo custo e de maneira efetiva, no sistema básico de saúde. Entretanto, um programa de educação continuada deve existir para que consiga corrigir os erros e melhorar o tratamento das pessoas com epilepsia.