HIPERTENSÃO


FATORES DE RISCO; VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA; DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE

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NOBRE, André Luiz Cândido Sarmento Drumond et al. Hipertensos assistidos em serviço de atenção secundária: risco cardiovascular e determinantes sociais de saúde. Cadernos Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 28, n. 3, p. 334-344, jul./set. 2020. Disponível em Scielo

Introdução: Na perspectiva dos determinantes sociais de saúde, a Hipertensão Arterial Sistêmica apresenta complexa natureza multifatorial. É fator de risco cardiovascular, influenciado por aspectos comportamentais, econômicos, sociais, políticos e ambientais. Objetivo: Investigar a relação entre determinantes sociais de saúde e risco cardiovascular global em hipertensos assistidos em serviço da atenção secundária do Sistema Único de Saúde. Método: Estudo seccional analítico, com pacientes do Centro Hiperdia, no norte de Minas Gerais, Brasil. Dados de determinantes sociais foram coletados por meio de questionário estruturado. A classificação do risco cardiovascular (alto, moderado e baixo) deu-se a partir de dados clínicos. A estatística considerou nível de significância 5%. Resultados: Entre 231 participantes, a maioria (64,1%) era de alto risco cardiovascular, associado aos dados clínicos: elevada pressão arterial sistólica (p=0,04) e maior tempo de diagnóstico (p=0,01). O alto risco cardiovascular foi associado aos determinantes sociais: satisfação com acesso aos serviços de saúde (p=0,02) e ambiente físico saudável (p=0,02). Conclusão: Apesar de a satisfação com os serviços de saúde e com o ambiente físico terem apresentado resultados reversos, sugere-se fortalecer políticas e práticas de atenção à saúde, que reconheçam diferentes determinantes e previnam a gravidade do risco cardiovascular.


PREVALÊNCIA; ESTILO DE VIDA


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MENEZES, Thiago de Castro; PORTES, Leslie Andrews; SILVA, Natália Cristina de Oliveira Vargas e. Prevalência, tratamento e controle da hipertensão arterial com método diferenciado de busca ativaCadernos Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 28, n. 3, p. 325-333, jul./set. 2020. Disponível em Scielo

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) atinge cerca de 30% da população adulta, sendo o maior fator de risco para lesões cardíacas e cerebrovasculares, e a terceira causa de invalidez. Objetivo: Determinar a prevalência de indivíduos com HAS e os níveis de conhecimento, tratamento e controle da doença, por meio de um método diferenciado de busca ativa. Método: Realizou-se estudo transversal, de base populacional, com amostra representativa composta por 409 indivíduos adultos, na área de abrangência de uma Unidade Básica de Saúde com Estratégia de Saúde da Família, na periferia da zona sul da cidade de São Paulo. As visitas domiciliares compreenderam medidas antropométricas e de pressão arterial (PA), além da aplicação de um questionário sociodemográfico. Resultados: A prevalência de HAS na população foi de 42,5%. A maior parte dos indivíduos hipertensos (94%) tinha conhecimento da doença, 95% deles faziam tratamento e 48% apresentavam PA controlada. Foram identificados 45 novos casos de HAS, desses, 77% foram encontrados em horário diferenciado (domingos das 10 às 16h), representando 27% dos hipertensos. Conclusão: O método diferenciado mostrou-se eficiente como estratégia de busca ativa para novos casos de HAS em locais onde ainda existe aparente subnotificação.