HIPERTENSÃO


ADESÃO AO TRATAMENTO

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JESUS, Elaine dos Santos; AUGUSTO, Mônica Aparecida de Oliveira; GUSMÃO, Josiane et al. Perfil de um grupo de hipertensos: aspectos biossociais, conhecimentos e adesão ao tratamento. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 21, n. 1, p. 59-65, 2008. Disponível em Scielo

OBJETIVO: Caracterizar um grupo de hipertensos em relação a crenças, conhecimentos, atitudes e fatores que podem interferir na adesão ao tratamento. MÉTODOS: Os dados foram coletados através de entrevista com hipertensos em seguimento ambulatorial. RESULTADOS: Foram estudados 511 hipertensos: a maioria mulheres, brancas, com escolaridade de nível fundamental, 53,0 ±11,0 anos. Foram verificados índices elevados de conhecimento sobre a doença e tratamento. Porém, o tratamento foi interrompido devido a remédios muito caros e falta de orientação e acreditavam que devem tomar os medicamentos somente quando se sentem mal, além de faltarem à consulta médica, principalmente por esquecimento e problemas particulares. Em relação às atitudes frente ao tratamento, observou-se que esquecem de tomar os remédios, não tomam no mesmo horário, deixam de tomar por conta própria, não seguem as orientações e não praticam exercícios físicos regularmente. CONCLUSÃO: A caracterização dos hipertensos identificou aspectos que podem dificultar a adesão ao tratamento.

CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL

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HASSELMANN, Maria Helena; FAERSTEIN, Eduardo; WERNECK, Guilherme L. et al. Associação entre circunferência abdominal e hipertensão arterial em mulheres: Estudo Pró-Saúde. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 5, p. 1187-1191, maio 2008. Disponível em Scielo

O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de hipertensão arterial segundo estratos de circunferência abdominal (CA) e índice de massa corporal (IMC, em kg/m2) em uma população de funcionárias públicas de universidade localizada no Rio de Janeiro, Brasil. Foram analisados dados seccionais de 1.743 mulheres não grávidas de 24 a 69 anos participantes, em 2001, do Estudo Pró-Saúde. Mulheres com baixo peso ou apresentando IMC > 35kg/m2 foram excluídas. Mulheres que apresentavam pressão sangüínea sistólica > 140mmHg ou diastólica > 90mmHg ou faziam uso de medicação anti-hipertensiva foram consideradas hipertensas. A análise foi conduzida segundo dois estratos de CA (normal: < 88cm; elevado: > 88cm) e três de IMC (eutrofia: 18,5-24,9kg/m2; sobrepeso: 25,0-29,9kg/m2; e obesidade I: 30,0-34,9kg/m2). Entre mulheres eutróficas, participantes com valores elevados de CA apresentaram o dobro da prevalência de hipertensão arterial do que aquelas com CA < 88cm (18% vs. 8%; p < 0,05). Adicionalmente à mensuração do IMC, a aferição da CA na rotina dos serviços de saúde pode contribuir para a identificação precoce ou suspeição de hipertensão arterial.