“Melhor qualidade de vida”: 01/10 – Dia Mundial da Urticária


 

O Dia Mundial da Urticária é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre a doença em todo o mundo, trazendo maior compreensão para os profissionais, para a mídia e o público em geral, bem como a melhoria da vida dos pacientes.

A data foi criada em 2014 pela Asociación de Afectados de Urticaria Crónica (AAUC), uma organização espanhola que promove o intercâmbio de experiências e conhecimento sobre a doença para a população.

No Brasil, a data também marca, há alguns anos, um momento de conscientização e educação da população sobre a doença.

 

A urticária é uma irritação cutânea caracterizada por lesões avermelhadas e levemente inchadas, como vergões, que aparecem na pele e coçam muito. As lesões, chamadas de urticas, surgem em qualquer área do corpo, podem ser pequenas, isoladas ou se juntar e formar grandes placas avermelhadas, com desenhos e formas variadas, sempre acompanhadas de coceira.

Ocorre em surtos, em qualquer período do dia ou da noite, durando horas e desaparecendo sem deixar marcas. Embora seja mais comum em adultos jovens (entre 20 e 40 anos), a urticária crônica pode ocorrer em qualquer idade. Ao longo da vida, uma em cada cinco pessoas terá pelo menos um episódio do transtorno.

Tipos de urticária

De acordo com o tempo de duração, pode ser:

– Aguda: quando os sinais e sintomas desaparecem em menos de seis semanas.
– Crônica: quando os sintomas duram por seis semanas ou mais.

De acordo com a causa, é classificada em:

– Induzida: quando um fator é identificado, como drogas, alimentos, infecções, estímulos físicos (calor, frio, sol, água, pressão).
– Espontânea: quando a doença ocorre sem uma causa identificada, também chamada de urticária idiopática.

Sintomas:

Coceira intensa e ardor são sinais que podem preceder o aparecimento das urticas, pequenas elevações rosadas, com o centro mais claro, delimitadas por vergões avermelhados e inchaço.

O tamanho das lesões varia muito (de poucos milímetros a muitos centímetros). Elas podem irromper isoladas na pele ou formando placas. Embora desapareçam sem deixar marcas, podem voltar a manifestar-se em qualquer outra região do corpo.

Sintomas como falta de ar e dificuldade para engolir e falar, apesar de raros, são considerados complicações graves, tanto da urticária quanto do angioedema, e exigem atendimento médico imediato.

Tratamento:

O tratamento da urticária é estabelecido, individualmente, de acordo com as necessidades de cada paciente, sendo necessário determinar o tipo de urticária (crônica ou aguda/espontânea ou induzida), apresentado.

No caso das agudas e induzidas, o ideal é afastar a causa, quando possível. Além do tratamento específico, a dieta alimentar costuma ajudar na melhora mais rapidamente, evitando o reaparecimento das lesões enquanto o paciente estiver sendo tratado.

A urticária crônica não tem cura, mas as crises podem ser controladas com medicamentos. O objetivo é a melhora dos sintomas que interferem diretamente na qualidade de vida dos portadores da doença.

O tratamento deve ser prescrito e acompanhado por médico. A automedicação pode prejudicar, e muito, a terapia e o controle da doença.

Prevenção:

Mesmo sem se descobrir a causa, a urticária pode ser controlada em mais da metade dos casos, entre seis meses a até um ano. A melhor forma de evitá-la é a pessoa se afastar, quando possível, daquilo que lhe provoque alergia. Assim, o primeiro passo é descobrir quais são esses “gatilhos”.

Também é indicado evitar calor, bebidas alcoólicas e estresse, pois são fatores que pioram a irritação. A dieta alimentar, com alimentos sem corantes, conservantes, embutidos, como frios, salsicha, enlatados, peixes e frutos do mar, chocolate, ovo, refrigerantes e sucos artificiais, também ajuda a prevenir e controlar os surtos.

Observação importante: Quando a crise de urticária aguda é desencadeada por alimentos ou remédios, no máximo uma hora depois que foram ingeridos, pode ser sinal de uma reação alérgica que requer atendimento médico de urgência.


Fontes
:

Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Associação Brasileira de Psoríase, Artrite Psoriásica e de Outras Doenças Crônicas de Pele
Dr. Dráuzio Varella
Sociedade Brasileira de Dermatologia
Urticaria Network E.V. (UNEV) e Urticaria Centers of Reference and Excellence (UCARE)