“Muitos defeitos congênitos, uma só voz”: 03/3 – Dia Mundial dos Defeitos do Nascimento


 

A campanha do Dia Mundial dos Defeitos do Nascimento teve início em 2015 tendo como foco a conscientização sobre a importância do assunto. Para os próximos cinco anos (2019-2023), o movimento espera, além de conscientizar, mobilizar recursos e compromissos que melhorem a vigilância, a pesquisa, a prevenção e os cuidados para as pessoas com essas anomalias.

Defeitos de nascimento, também chamados de anomalias congênitas, doenças congênitas ou malformações congênitas são anomalias estruturais ou funcionais que ocorrem durante a vida intrauterina, podendo ser identificadas durante a gravidez, no nascimento ou, algumas vezes, posteriormente. Podem afetar quase todos os órgãos do corpo (por exemplo, coração, cérebro, pés), comprometendo sua aparência ou funcionamento, ou ambos.

Todos os anos, 8 milhões de crianças em todo o mundo nascem com um defeito congênito grave. Os defeitos congênitos são causas importantes de morte de recém-nascidos e crianças, doenças crônicas e deficiências.

A mortalidade é estimada em 303.000 recém-nascidos a cada ano em todo o mundo e cerca de 270 mil dessas mortes ocorrem nos primeiros 28 dias de vida.

Apesar de nem todas as anomalias congênitas serem fatais, muitas crianças que sobrevivem têm maior risco de apresentarem deficiências de longo prazo que requerem serviços de saúde e de apoio para melhorar sua qualidade de vida, com impactos significativos para indivíduos, famílias, sistemas de saúde e sociedades.

Causas:

A maioria dos defeitos congênitos ocorre nos primeiros 3 meses de gravidez, quando os órgãos do bebê estão se formando. As anomalias congênitas podem ter origem genética, infecciosa, nutricional ou ambiental.

Embora seja difícil identificar a causa, na maioria dos casos, há fatores que aumentam a chance de ocorrência desses agravos:

– fumar, utilizar bebidas alcoólicas ou drogas durante a gravidez;
– obesidade e ou diabetes não controlado antes e durante a gravidez;
– fazer uso de medicamentos contra indicados no período gestacional;
– ter alguém na família com defeito de nascença;
– idade da mãe acima de 35 anos.

Há defeitos raros como a microcefalia, ou frequentes, como as fendas faciais ou o conjunto das displasias esqueléticas. Os distúrbios graves mais comuns de nascimento são defeitos no coração, defeitos do tubo neural e síndrome de Down.

Prevenção:

Nem todos os defeitos congênitos podem ser evitados, porém, muitos podem ser prevenidos ou tratados com medidas básicas na assistência pré-natal adequada, como a vacinação de meninas contra rubéola (previne a síndrome da rubéola congênita) e a fortificação de alimentos com ácido fólico e vitamina B-12 (para evitar a ocorrência de defeitos do tubo neural, como, espinha bífida e anencefalia).


Fontes
:

Centers for Disease Control and Prevention (CDC/USA)
International Federation for Spina Bifida and Hydrocephalus
Sociedade Paraense de Pediatria
Universidade Estadual de Campinas
World Birth Defects Day
World Health Organization