NEOPLASIAS MAMÁRIAS


LIPÍDIOS

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CIBEIRA, Gabriela Herrmann; 
GUARAGNA, Regina Maria. Lipídio: fator de risco e prevenção do câncer de mama. Revista de Nutrição, Campinas, v. 19, n. 1, p. 65-75, jan./fev. 2006. Disponível em Scielo

A hipótese de que uma dieta rica em gordura promova o desenvolvimento do câncer de mama na menopausa é fortalecida por estudos caso-controle, que mostram forte associação positiva entre uma dieta rica em lipídios e as taxas de incidência de câncer de mama. Por outro lado, a ingestão dietética de gordura não parece estar relacionada com o risco de câncer de mama em estudos de coorte. Em vista desses achados conflitantes, tem sido difícil propor qualquer recomendação nutricional para a prevenção do câncer de mama. Estudos com animais e observações recentes em humanos, entretanto, têm mostrado evidências de que a dieta rica em ácido graxo linoléico estimula vários estágios no desenvolvimento de câncer mamário. Alguns estudos ainda mostram que o óleo de peixe, constituído de ácidos graxos w-3, parece prevenir o câncer pela influência sobre a atividade de enzimas e proteínas relacionadas à proliferação celular. Assim, são necessários estudos epidemiológicos que integrem as interações de ácidos graxos específicos com o catabolismo hormonal, fatores nutricionais protetores e de risco relacionados com o câncer de mama. Nesse trabalho, abordaremos os fatores protetores, de risco e as implicações quali e quantitativas dos ácidos graxos da dieta sobre o câncer de mama.

QUALIDADE DE VIDA

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MAKLUF, Ana Silvia Diniz; DIAS, Rosângela Corrêa; BARRA, Alexandre de Almeida. Avaliação da qualidade de vida em mulheres com câncer da mama. Revista Brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro, v. 52, n. 1, p. 49-58, jan./mar. 2006. Disponível em INCA

O Câncer da mama causa alterações físicas, sociais e emocionais gerando um grande impacto na vida das mulheres. Esse impacto pode ser mensurado por escalas de qualidade de vida. Neste trabalho, é apresentada uma revisão da literatura sobre como a qualidade de vida é avaliada em mulheres com câncer da mama, quais são os instrumentos disponíveis e a metodologia utilizada para inferi-la. A maioria dos trabalhos analisados são realizados em países de língua inglesa, utilizam metodologia quantitativa e não há consenso sobre qual melhor instrumento para medir a qualidade de vida. Os estudos revelam pior qualidade de vida em mulheres submetidas à mastectomia quando comparadas àquelas submetidas à cirurgia conservadora da mama. Mulheres mais velhas sentem menos o impacto da doença do que mulheres mais jovens. Mulheres submetidas à terapia sistêmica, como quimioterapia, apresentam pior escore de qualidade de vida global, saúde geral, função física e social. Na busca da melhoria da qualidade da assistência a mulheres com câncer da mama, os indicadores de qualidade de vida poderão auxiliar na prática clínica, nortear estratégias de intervenção terapêutica, avaliar sucesso da intervenção após cirurgia e tratamento oncológico, além de criar parâmetros para definição de ações no sentido de promoção de saúde individual ou coletiva.