“Olhos abertos para a trombose” : 13/10 – Dia Mundial da Trombose


 

Em 2014 a data foi instituída pela International Society on Thrombosis and Haemostasis (ISTH), em homenagem ao dia de nascimento de Rudolf Virchow, médico, patologista, biólogo e antropólogo alemão, pioneiro na fisiopatologia da trombose.

Com centenas de eventos educacionais em países ao redor do mundo, a campanha destaca que a trombose é um problema de saúde urgente e crescente.

As comemorações buscam aumentar a conscientização global sobre o problema, incluindo suas causas, fatores de risco, sinais e sintomas, prevenção e tratamento baseados em evidências.

Esta missão apoia a meta global da Assembleia Mundial da Saúde de reduzir as mortes prematuras por doenças não transmissíveis em 25% até 2025.

A trombose é a formação de coágulos potencialmente mortais na artéria (trombose arterial) ou veia (trombose venosa). Uma vez formado, o coágulo pode retardar ou bloquear o fluxo sanguíneo normal, e até se soltar e viajar para algum órgão. Isso pode resultar em lesão significativa, incluindo ataque cardíaco, derrame e o tromboembolismo venoso (TEV). Caso esse coágulo se desloque até o pulmão o evento pode ser fatal.

Os sintomas mais comuns são o inchaço e a dor. Até 60 por cento de todos os casos de TEV ocorrem associados a um fator de risco adquirido como cirurgias, imobilização, internação prolongada, uso de anticoncepcionais hormonais conjugados, gestação, viagem aérea longa, câncer, obesidade, presença de anticorpos antifosfolipídios, entre outros.

A trombose acomete principalmente as veias das pernas (trombose venosa profunda) e os pulmões (embolia pulmonar), esta última uma das principais preocupações de médicos após cirurgias de grande porte.

Entre as condições predisponentes é importante citar ainda a idade avançada e a presença de anormalidade genética do sistema de coagulação.

O tratamento é feito com substâncias anticoagulantes (impedem a formação do trombo e a evolução da trombose), ou fibrinolíticos (destroem o trombo). Nos últimos anos houve uma grande evolução no tratamento da TVP com medicamentos que permitem ao paciente se tratar na própria residência, ressaltando-se que é importante ter sempre um acompanhamento médico mesmo nessa situação.

Para saber mais sobre a doença ouça o podcast do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP/Botucatu!

 

Fontes:

European Society of Cardiology
Hospital de Clínicas da Unicamp
International Society on Thrombosis and Haemostasis (ISTH)