OSTEOPOROSE


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FRAZAO, Paulo; NAVEIRA, Miguel. Prevalência de osteoporose: uma revisão crítica. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 206-214, jun. 2006. Disponível em Scielo

A queda da mortalidade, seguida da redução da fecundidade e aumento da expectativa de vida, resulta no envelhecimento da população e no aumento das taxas de doenças crônico-degenerativas, entre as quais a osteoporose. Pesquisas epidemiológicas vêm sendo desenvolvidas com a finalidade de estimar sua prevalência na população empregando diferentes técnicas. O propósito dessa investigação foi revisar os estudos de prevalência de osteoporose e discutir suas implicações do ponto de vista da Saúde Coletiva. Foi realizada revisão da literatura mediante a qual foram incluídas publicações contendo estimativas de prevalência da osteoporose calculadas a partir da densidade mineral óssea aferida pela absorção de raios X de dupla energia. Os dados foram classificados segundo o ano, a região ou o país, autor, características da população investigada, e sítio esquelético. Os resultados mostraram ampla dispersão entre as taxas, com os valores variando entre 0,4% e 40,0% de acordo com o sítio pesquisado, o grupo etário, o sexo e o tipo de estudo. Nos estudos de base populacional, os valores das estimativas por ponto variaram de 7,9% a 16,0% considerando DMO no sítio femoral de mulheres com 50 e mais anos de idade. Nas áreas brasileiras mais desenvolvidas é necessário implementar projetos para conhecer sua prevalência incluindo-a na agenda dos formuladores de políticas públicas.