SAÚDE DO ADOLESCENTE


ESTILO DE VIDA

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FERREIRA, Márcia de Assunção; ALVIM, Neide Aparecida Titonelli; TEIXEIRA, Maria Luiza de Oliveira et al. Saberes de adolescentes: estilo de vida e cuidado à saúde. Texto & Contexto: Enfermagem, Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 217-224, abr./jun. 2007. Disponível em Scielo

Pesquisa qualitativa cujo objetivo é conhecer as concepções dos adolescentes sobre saúde e como estas se articulam com as suas práticas de cuidado, na especificidade do processo de adolescer. Os sujeitos foram trinta adolescentes. O método empregado na produção dos dados foi participativo, com enfoque na interação e diálogo, com aplicação das técnicas de grupo focal e foto-linguagem. A análise temática de conteúdo possibilitou a evidência das concepções de saúde como um modo de viver a vida que, como tal, originam práticas de cuidado que se articulam aos estilos de vida peculiares à adolescência. A convergência dos saberes científico e do senso comum emergiu como necessária à sustentação de uma prática de educação em saúde em atendimento às demandas de cuidado indicadas pelos próprios sujeitos.

SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

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COSTA, Maria Conceição O.; ALVES, Maria Vilma de Q. M.; SANTOS, Carlos Antonio de S. T. et al. Experimentação e uso regular de bebidas alcoólicas, cigarros e outras substâncias psicoativas/SPA na adolescência. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 5, p. 1143-1154, set./out. 2007. Disponível em Scielo

OBJETIVO: analisar o uso de bebidas alcoólicas, cigarros, outras substâncias psicoativas – SPA e fatores de risco entre adolescentes das escolas de um município com 500 mil/hab., Bahia/Brasil. MÉTODO: estudo transversal, com amostra aleatória, estratificada por conglomerado com adolescentes de 14 a 19 anos, totalizando 10 escolas públicas e 1.409 alunos de Feira de Santana. O instrumento auto-aplicável foi elaborado segundo a OMS e outros estudos nacionais adequados à faixa adolescente, com rigoroso procedimento, garantindo anonimato e sigilo. RESULTADOS: 86,5% dos adolescentes consideravam-se bem informados sobre SPA, a maioria por TV, rádio e escola; 57,0% relataram uso de bebidas alcoólicas, principalmente cervejas e vinhos; 23,3% usavam cigarros e 5,2% outras SPA (cânabis, solventes e cocaína); 29,3% usavam bebidas uma a três vezes/mês e 13% todo final de semana. Na faixa de 10 a 14 anos, 47% experimentaram bebidas e 16,7% outras SPA. A razão de prevalência (RP) mostrou consumo de bebidas, cigarros e outras SPA significantemente maiores na faixa 17 a 19 anos e sexo masculino. A curiosidade foi a principal motivação; na companhia de amigos e pais; festas e casas de colegas. CONCLUSÕES: A Necessidade de institucionalização de atividades adequadas nas escolas à prevenção do uso das SPA entre jovens.