SAÚDE DO IDOSO



DEPRESSÃO

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LEITE, Valéria Moura Moreira; CARVALHO, Eduardo Maia Freese de; BARRETO, Kátia Magdala Lima et al. Depressão e envelhecimento: estudo nos participantes do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, v. 6, n. 1, p. 31-38, jan./mar. 2006. Disponível em Scielo

OBJETIVOS: identificar a presença de depressão em idosos que freqüentaram o Programa Universidade Aberta à Terceira Idade, da Universidade Federal de Pernambuco, considerando variáveis demográficas e socioeconômicas. MÉTODOS: estudo epidemiológico, descritivo e de corte transversal. Foi realizado um censo com os 358 idosos sendo 312 mulheres e 46 homens (>60 anos), utilizando o questionário “Brasil Old Age Schedule” (BOAS), do qual foi selecionada a seção de saúde mental, quanto à depressão, verificando a freqüência das variáveis solidão, tristeza, pouca disposição, pessimismo em relação ao futuro, irritação, auto-acusação, idéias suicidas, dor de cabeça, insatisfação, distúrbios do sono e do apetite. RESULTADOS: foi encontrado um percentual importante de depressão (24,02%) na população estudada, cuja maioria está classificada em depressão menor, entre a faixa etária de 70-79 anos, do sexo feminino e separados. Foi observada associação significante entre baixa escolaridade e depressão. Os casos de depressão apresentam relevante relação com as variáveis preocupação, dor de cabeça, pouca disposição, irritação, tristeza e insatisfação. CONCLUSÕES: a presença de depressão na população estudada aponta para a importância do planejamento, por parte do Programa, de ações direcionadas à saúde de seus participantes, em particular, os transtornos mentais relativos à depressão.

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

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DONALISIO, Maria Rita; FRANCISCO, Priscila Maria Stolses Bergamo; LATORRE, Maria do Rosário Dias de Oliveira
. Tendência da mortalidade por doenças respiratórias em idosos antes e depois das campanhas de vacinação contra influenza no Estado de São Paulo – 1980 a 2004. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 32-41, mar. 2006. Disponível em Scielo

Trata-se de estudo ecológico de série temporal onde foi analisada a tendência das taxas de mortalidade por doença respiratória padronizadas de 1980 a 2004, examinando-se o período antes e depois das campanhas de vacinação do idoso contra influenza. As taxas de mortalidade mostram queda nos dois anos posteriores às campanhas vacinais, 2000 e 2001, seguida de recuperação a níveis similares aos anteriores a 1999. Observou-se tendência de aumento após 2002 para ambos os sexos, embora a magnitude das taxas médias de mortalidade entre homens seja maior que nas mulheres. Esse aumento é mais evidente entre os maiores de 75 anos. As coberturas vacinais foram crescentes no período, porém não se disponha de dados sobre homogeneidade e coberturas específicas por faixa etária. Foram aventadas hipóteses para explicar a inversão da tendência, entre elas a circulação de outros vírus de tropismo respiratório (sincicial respiratório, parainfluenza, adenovírus) após 2002, a precocidade da circulação do vírus influenza A em 2004 (semana 17), a influência de fatores ambientais (poluição e baixas temperaturas), não analisados neste trabalho. Reforça-se a vigilância etiológica das síndromes gripais na comunidade, além da incorporação sistemática pela vigilância epidemiológica de indicadores ambientais e de cobertura vacinal mais detalhados.