SAÚDE DO IDOSO


ASSISTÊNCIA À SAÚDE; FRAGILIDADE; RELAÇÕES INTERPESSOAIS

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SOUZA, Gislaine Alves de; GIACOMIN, Karla Cristina; FIRMO, Josélia Oliveira Araújo. O cuidado com as pessoas idosas frágeis na comunidade: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, [online], v. 23, n. 6, e190134, 2020. Disponível em Scielo

Objetivo: Investigar as evidências científicas a respeito do cuidado com a pessoa idosa frágil na comunidade, na percepção da pessoa idosa. Método: Estudo descritivo, do tipo revisão integrativa. A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), da Medical Literature Analysis and Retrieval System (Medline), Web of Science, Scopus e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis completos e de acesso livre; publicados entre 2014 e 2019; escritos em língua portuguesa, inglesa, espanhola ou francesa; condizentes com o tema desta pesquisa. Resultados: Emergiram dos resultados quatro categorias de análise: a fragilidade na visão da pessoa idosa frágil; as prioridades na percepção da pessoa idosa; perspectivas das pessoas idosas acerca dos cuidados pelos serviços; as relações interpessoais no cuidado para pessoa idosa frágil. A percepção das pessoas idosas frágeis apresenta especificidades, tem como foco do cuidado a manutenção de sua independência, sinaliza para a necessidade de manutenção de relações interpessoais, melhora da comunicação das ações de educação em saúde e dos serviços que devem ser centrados nas pessoas. Conclusão: Evidenciam-se pontos que requerem atenção por parte dos serviços assistenciais e das estratégias políticas para melhorar a oferta de cuidados e para que as ações realizadas sejam acolhidas por esse público.

IDOSO DEPENDENTE; CUIDADO DE LONGA DURAÇÃO; POLÍTICAS DE SAÚDE

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MINAYO, Maria Cecília de Souza et al. Políticas de apoio aos idosos em situação de dependência: Europa e Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 26, n. 1, p. 137-146, jan. 2021. Disponível em Scielo

Neste ensaio teórico discutem-se políticas sobre cuidados de longa duração para pessoas idosas dependentes. O objetivo é analisar o conteúdo e as estratégias que guiaram a formulação das chamadas “políticas de dependência” em alguns estados europeus, buscando orientações para a realização de ações relativas à mesma questão no caso brasileiro. As bases de conhecimento são documentos oficiais e artigos científicos que descrevem e analisam a institucionalização das propostas. O estudo mostra que os países europeus aqui analisados incluíram as políticas sobre a dependência nos marcos de seu sistema de seguridade social; alguns oferecem proteção total, outros, apenas parcial ao idoso e ao cuidador familiar. Em nenhum deles, a pessoa idosa dependente deixa de receber os cuidados de que precisa. No Brasil, há algumas experiências locais que atendem aos requisitos de atenção integral. São narradas uma de Belo Horizonte e outra de São Paulo. Embora sejam importantes, tais iniciativas não constituem uma política, são casos exitosos que podem evoluir para o aumento da consciência social ou se esvaírem como experiências não institucionalizadas. A questão tratada neste artigo é de grande relevância, pelo fato inexorável do crescimento acelerado da população longeva, a que mais depende do cuidado de terceiros.