SAÚDE MENTAL


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LUCHMANN, Lígia Helena Hahn; RODRIGUES, Jefferson. O movimento antimanicomial no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 399-407, mar./abr. 2007. Disponível em Scielo

O presente trabalho visa resgatar a trajetória histórica do movimento nacional da luta antimanicomial no Brasil, bem como analisar algumas de suas dificuldades, realizações e desafios. A teoria dos movimentos sociais é aqui considerada como importante chave analítica para se compreender esta ação coletiva, na medida em que possibilita a avaliação deste tipo de ação social a partir de suas múltiplas configurações, atestando o grau de complexidade do mundo contemporâneo. O movimento antimanicomial constitui-se como um conjunto (plural) de atores, cujas lutas e conflitos vêm sendo travadas a partir de diferentes dimensões sócio-político-institucionais. Trata-se de um movimento que articula, em diferentes momentos e graus, relações de solidariedade, conflito e de denúncias sociais tendo em vista as transformações das relações e concepções pautadas na discriminação e no controle do “louco” e da “loucura” em nosso país.

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SOARES, Sandra Regina Rosolen; TOYOKO, Saeki
. O Centro de Atenção Psicossocial sob a ótica dos usuários. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto,  v. 14, n. 6, p. 923-929, nov./dez. 2006. Disponível em Scielo

O presente estudo tem por objetivo descrever o funcionamento de um centro de atenção psicossocial e apreender como os usuários atendidos por esse serviço percebem o processo terapêutico oferecido. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, com onze usuários de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), localizado no interior paulista. Os dados foram submetidos à Análise Temática, segundo Minayo. Os temas emergidos, a partir da análise dos dados, possibilitaram a configuração de três temas. No primeiro deles, o usuário percebe o tratamento, sob um enfoque organicista do cuidado, relatado por meio da valorização do profissional médico, na abordagem medicamentosa e o controle dos sintomas. O segundo tema traz a percepção do espaço do CAPS, enquanto cenário propiciador de trocas sociais. E o terceiro tema diz respeito ao processo terapêutico estar voltado à vida cotidiana dos usuários. Com base nesses dados, pôde-se refletir sobre os rumos dos novos dispositivos em saúde mental, os CAPS.