SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE


INFLUENZA HUMANA; VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

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ARAÚJO, Kamilla Lelis Rodrigues de; AQUINO, Érika Carvalho de; SILVA, Lara Lívia Santos da; TERNES, Yves Mauro Fernandes. Fatores associados à Síndrome Respiratória Aguda Grave em uma Região Central do BrasilCiência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, supl. 2, p. 4121-4130, out. 2020. Disponível em Scielo

A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) deve ser notificada e investigada. O objetivo do estudo foi analisar o perfil epidemiológico e fatores associados à internação e óbitos por SRAG notificados em Goiás. Estudo de coorte retrospectiva, com dados das fichas de investigação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação Influenza Web. Métodos de análise multivariada foram realizados para verificar a associação entre variáveis de exposição com os desfechos internação em UTI e óbito. Entre 2013 e 2018 foram notificados 4.832 casos de SRAG em Goiás. O principal diagnóstico etiológico foi influenza A (22,3%) com o subtipo A (H1N1pdm09) predominante, seguido pelo Vírus Sincicial Respiratório. 34,6% dos pacientes necessitaram de internação em UTI e 19% evoluíram para o óbito. Maior tempo de início do tratamento com antiviral foi associado à maior chance de internação em UTI, enquanto a não vacinação prévia contra a influenza, maior tempo para início do antiviral e idade mais avançada foram associados à maior chance de óbito. O estudo mostrou uma elevada frequência de doenças respiratórias provocadas pelo vírus Influenza no estado de Goiás e que a gravidade da síndrome, caracterizada pela internação em UTI e óbitos, está associada com o tempo de início do tratamento com o antiviral, o status vacinal e a idade do paciente.