SUICÍDIO


MORTALIDADE; EPIDEMIOLOGIA; SISTEMAS DE INFORMAÇÃO; INDICADORES SOCIAIS

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COLOMBO-SOUZA, Patrícia et al. Suicide mortality in the city of São Paulo: epidemiological characteristics and their social factors in a temporal trend between 2000 and 2017. Retrospective study. São Paulo Medical Journal, São Paulo, v. 138, n. 3, p. 253-258, 2020. Disponível em ScieloBACKGROUND: Suicide is one of the leading causes of death worldwide, accounting for one million deaths annually. Greater understanding of the causal risk factors is needed, especially in large urban centers. OBJECTIVE: To ascertain the epidemiological profile and temporal trend of suicides over two decades and correlate prevalence with social indicators. DESIGN AND SETTING: Descriptive population-based longitudinal retrospective study conducted in the city of São Paulo, Brazil. METHODS: A temporal trend series for suicide mortality in this city was constructed based on data from the Ministry of Health’s mortality notification system, covering 2000-2017. It was analyzed using classic demographic variables relating to social factors. RESULTS: Suicide rates were high throughout this period, increasing from 4.6/100,000 inhabitants in the 2000s to 4.9/100,000 in 2017 (mean: 4.7/100,000). The increase in mortality was mainly due to increased male suicide, which went from 6.0/100,000 to the current 8.0/100,000. Other higher coefficients corresponded to social risk factors, such as being a young adult (25-44 years old), being more educated (eight years of schooling) and having white ethnicity (67.2%). Suicide was also twice as likely to occur at home (47.8%). CONCLUSION: High suicide rates were seen over the period 2000-2017, especially among young adults and males. High schooling levels and white ethnicity were risk factors. The home environment is the crucial arena for preventive action. One special aspect of primary prevention is the internet and especially social media, which provides a multitude of information for suicide prevention.


POVOS INDÍGENAS; SAÚDE DE POPULAÇÕES INDÍGENAS; SAÚDE MENTAL EM GRUPOS ÉTNICOS; BRASIL; REVISÃO SISTEMÁTICA

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SOUZA, Ronaldo Santhiago Bonfim de; OLIVEIRA, Júlia Costa de; ALVARES-TEODORO, Juliana; TEODORO, Maycoln Leôni Martins. Suicídio e povos indígenas brasileiros: revisão sistemática. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington, v. 44, e58 , 2020. Disponível em Scielo

Objetivo. Descrever a frequência, as características e os fatores que contribuem para o suicídio em povos indígenas brasileiros. Método. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura a partir das bases de dados PubMed, SciELO, PsycINFO e LILACS. Foram incluídos estudos de base populacional que enfocassem suicídio em populações indígenas no território brasileiro. Resultados. A busca identificou 111 artigos, dos quais nove preencheram os critérios de inclusão. Três estudos foram realizados na região Centro-Oeste, quatro na região Norte do Brasil e dois abordaram todas as regiões do Brasil. Três estudos citaram as etnias estudadas, totalizando sete etnias (Terena, Kadiweu, Guato, Ofaie-Xavante, Guarani, Guarani-Kaiowá e Guarani-Nandeva). Os estudos demonstraram maior taxa de mortalidade por suicídio em pessoas do sexo masculino, solteiros, com 4 a 11 anos de escolaridade, na faixa etária de 15 a 24 anos, no domicílio e nos finais de semana, tendo como principal método o enforcamento. Os principais fatores de risco para o suicídio foram pobreza, fatores históricos e culturais, baixos indicadores de bem-estar, desintegração das famílias, vulnerabilidade social e falta de sentido de vida e futuro. Conclusões. Todos os estudos indicaram a necessidade de desenvolvimento de estratégias em conjunto com as comunidades, considerando sua cosmovisão e os aspectos sócio-histórico-culturais de cada etnia, para minimização dos fatores de risco e redução da taxa de suicídio.