TUBERCULOSE


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NOGUEIRA, Jordana de Almeida et al. Enfoque familiar e orientação para a comunidade no controle da tuberculose. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 207-216, jun. 2011. Disponível em Scielo

Este estudo objetivou descrever as ações de controle da tuberculose no contexto de Equipes de Saúde da Família, segundo as dimensões “enfoque familiar” e “orientação para comunidade”. Pesquisa avaliativa seccional, realizada em 2008, que envolveu 84 profissionais de saúde. Utilizou-se o instrumento Primary Care Assessment Tool, validado e adaptado para atenção à tuberculose no Brasil. Os entrevistados responderam as questões segundo possibilidades produzidas por escala intervalar tipo Likert, à qual foi atribuído um valor entre zero e cinco. Os dados foram inseridos no programa Statistical Package for the Social Sciences e analisados segundo freqüência e mediana. Na primeira dimensão avaliada, 67,9% dos profissionais de saúde investigam os contatos domiciliares dos casos de tuberculose; 63,1% realizam exame radiológico; 64,3% incluem a família no enfrentamento da doença; 77,4% identificam fatores de riscos; 41,7% envolvem outros setores na resolução dos problemas. Na segunda dimensão, 73,8% realizam busca de casos na comunidade; 40,5% dispõem de insumos para coleta de escarro; 50% desenvolvem trabalhos educativos e 14,3% reconhecem participação social no controle da tuberculose. A eficiência da utilização dos serviços exigirá a incorporação de ações que privilegiem a atenção à família e à comunidade, e o desenvolvimento de habilidades que ampliem os espaços de atuação dos profissionais e fortaleçam a articulação intersetorial.