VIOLÊNCIA



CIDADES

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SILVA, Sílvio Fernandes. Crescimento da violência urbana: as grandes cidades estão diante de uma epidemia social? Divulgação em Saúde para Debate, Rio de Janeiro, n. 30, p. 10-14, mar. 2004.

O artigo refere-se ao crescimento da violência nas grandes cidades a partir da análise da realidade de Londrina, PR. Aponta as diferentes dimensões que devem ser consideradas para explicar o expressivo número de homicídios de jovens por armas de fogo, em especial na periferia das grandes cidades, nos últimos anos. Entre esses se situam aspectos estruturais relacionados ao desemprego, à exclusão social e às condições inadequadas da vida urbana. Refere-se ao desafio que traz esse grave problema de saúde pública para os formuladores de políticas e gestores públicos, procurando destacar as responsabilidades que devem ser assumidas pelas três esferas de governo, com ênfase para os gestores locais de saúde.

INFÂNCIA; ADOLESCENTE

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OLIVEIRA, Vera Lídia Alves de; RIBEIRO, Carmem Regina; ALBUQUERQUE, Maria Celi de. Notificação obrigatória da violência ou suspeita de violência contra crianças e adolescentes: construindo uma rede de proteção. Divulgação em Saúde para Debate, Rio de Janeiro, n. 26, p. 66-72, abr. 2003.

Os maus-tratos contra crianças e adolescentes são fatores que acontecem independentemente de classe social, etnia, religião ou escolaridade dos agressores e se constituem em importantes causas para as demais formas de violência urbana. Na medida em que disseminam um padrão de comportamento para o enfrentamento de conflitos baseado na violência, abrem caminho para a marginalidade de crianças e adolescentes e geram adultos com tendência a reproduzir tal padrão de relacionamento familiar e social. A proposta de implantação nos serviços de saúde, nas escolas, nas creches e demais programas de atendimento às crianças e aos adolescentes no município de Curitiba, da ficha de Notificação Obrigatória da Violência ou Suspeita de Violência na Infância e Adolescência, torna visível a violência que se pratica contra crianças e adolescentes e desencadeia ações de proteção para os mesmos.

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BRANCALHONE, Patrícia Geórgia; FOGO, José Carlos; WILLIAMS, Lúcia Cavalcanti de Albuquerque. Crianças expostas à violência conjugal: avaliação do desempenho acadêmico. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 20, n. 2, p. 113-117, maio/ago. 2004. Disponível em Scielo

O trabalho avaliou o desempenho acadêmico de 30 crianças em pares, sendo 15 crianças do Ensino Fundamental expostas à violência conjugal e 15 crianças não expostas à violência, do mesmo sexo e idade, escolhidas nas mesmas salas de aula do respectivo par. Os professores responderam à Escala de Avaliação da Performance Acadêmica (EAPA) e forneceram o Boletim Escolar dessas crianças. O TDE – Teste do Desempenho Escolar foi aplicado para constatar as áreas acadêmicas em que estas crianças apresentavam dificuldades. Das 15 crianças expostas avaliadas, 14 presenciaram pelo menos um episódio de agressão da mãe e sete estavam convivendo com violência conjugal há mais de cinco anos. Os resultados da EAPA foram significativamente menores para o grupo exposto, com a média de 52,9 pontos contra 67,8 do grupo de crianças não expostas. Nas análises dos resultados dos conceitos do Boletim Escolar e do TDE, as diferenças não foram significativas.