VIOLÊNCIA


ADOLESCENTE; MORTALIDADE

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COSTA, Inês Eugênia Ribeiro da; LUDEMIR, Ana Bernarda; AVELAR, Isabel. Violência contra adolescentes: diferenciais segundo estratos de condição de vida e sexo. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 5, p. 1193-1200, set./out. 2007. Disponível em Scielo

Um estudo ecológico foi conduzido para analisar os diferenciais da mortalidade por violência contra adolescentes segundo Estrato de Condição de Vida e sexo, no Recife, no período de 1998 a 2004. O coeficiente médio de mortalidade por violência para o período foi calculado por sexo para o município e para os Estratos de Condição de Vida. A análise demonstrou um maior risco de morte por violência para os adolescentes do sexo masculino residentes no estrato III (pior condição de vida). A razão da mortalidade por violência entre os sexos masculino e feminino foi de 10,89 (Recife); 10,90 (estrato I); 11,70 (estrato II) e 10,30 (estrato III). Os resultados demonstram que, se por um lado o sexo masculino é o mais acometido, por outro há uma evidente influência das condições de vida na distribuição das mortes por violências.

CRIANÇA; ADOLESCENTE

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COSTA, Maria Conceição Oliveira; CARVALHO, Rosely Cabral de; SANTA BARBARA, Josele de F. R. et al. O perfil da violência contra crianças e adolescentes, segundo registros de Conselhos Tutelares: vítimas, agressores e manifestações de violência. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 5, p. 1129-1141, set./out. 2007. Disponível em Scielo

OBJETIVO: estimar a prevalência das formas de violência contra crianças e adolescentes, registradas nos Conselhos Tutelares, e a associação dessas violências por faixas etárias das vítimas e vínculo com agressores, em 2003-2004. MÉTODO: foram coletados dados dos prontuários e calculadas as prevalências e associação entre variáveis, através da razão de prevalência (RP), com nível crítico de 5%. RESULTADOS: totalizaram 1.293 registros de violência, sendo 1.011 (78,1%) originados no domicílio. As violências mais freqüentes foram a negligência (727), por omissão de cuidados básicos (304) e abandono (259); a violência física (455), por espancamento (392), nas faixas de 2 a 13 anos; a violência psicológica (374), por amedrontamento (219); a violência sexual (68), por abuso (58), principalmente entre adolescentes. A principal forma de denúncia foi anônima, 398 (30,8%); os agressores para negligência foram os pais; para violência física, a madrasta e “outros agressores”; para violência sexual, o padrasto, “outros familiares/ agressores”; a violência psicológica foi prevalente entre todas categorias de agressores. CONCLUSÕES: Os resultados apontam para a necessidade de divulgação do “Disque Denúncia”; a formação de conselheiros, quanto ao registro adequado, assim como a implementação de políticas de prevenção da violência contra crianças e adolescentes.