VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER


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SIGNORELLI, Marcos Claudio; TAFT, Angela; PEREIRA, Pedro Paulo Gomes. Violência doméstica contra mulheres, políticas públicas e agentes comunitários de saúde na Atenção Primária Brasileira. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 1, p. 93-102, 2018. Disponível em Scielo

A violência doméstica (VD) cria múltiplos agravos à saúde das mulheres e é um desafio para profissionais e para os sistemas de saúde. O Brasil aprovou recentemente políticas públicas (PP) para manejo e cuidado de mulheres em situação de VD. Considerando essas PP, este estudo objetivou explorar como a VD contra mulheres é usualmente manejada na atenção primária à saúde brasileira, por meio da investigação de uma unidade básica de saúde e de sua estratégia de saúde da família. Foi adotada metodologia de pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, com análise temática de categorias emergentes, interrogando os dados com teoria de gênero e com a produção teórica do campo da saúde coletiva brasileira. A pesquisa de campo foi conduzida em uma unidade básica de saúde e em seu território adscrito, localizado na região sul do Brasil. O estudo revelou: 1) um hiato entre PP direcionadas à VD contra mulheres implantadas a nível federal e sua aplicação prática a nível local/descentralizado, que pode deixar tanto profissionais quanto mulheres em risco; 2) o papel chave de agentes comunitários de saúde, profissionais de promoção da saúde, que objetivam promover o diálogo entre as mulheres experienciando violência, profissionais de saúde e o sistema de saúde.


ÉTICA MÉDICA; PESSOAL DE SAÚDE

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SOUZA, Angela Alves Correia de; CINTRA, Raquel Barbosa. Conflitos éticos e limitações do atendimento médico à mulher vítima de violência de gênero. Revista Bioética, Brasília, v. 26, n. 1, p. 77-86, jan./abr. 2018. Disponível em Scielo

Violência doméstica é o tipo mais comum de violência contra a mulher e resulta em sequelas nas esferas física, emocional, familiar e econômica, constituindo problema de saúde pública. Porém, a questão é tratada de maneira negligente pelos profissionais de saúde, o que contribui para sua invisibilidade. Baseado em revisão da literatura, este estudo objetivou identificar as principais dificuldades, incluindo conflitos éticos, encontradas pelos médicos na abordagem de pacientes vítimas desse tipo de violência. Os obstáculos elementares foram agrupados em três grandes eixos: questões relacionadas ao profissional de saúde; estrutura do sistema de saúde; e aspectos das vítimas de violência. Concluiu-se que o maior entrave advém do próprio profissional de saúde e envolve fatores que variam desde formação inadequada até a ocorrência de conflitos morais e éticos que culminam na culpabilização e responsabilização das vítimas pela situação de violência em que se encontram.