VIOLÊNCIA


CRIANÇA; CUIDADOS DE ENFERMAGEM

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APOSTÓLICO, Maíra Rosa; HINO, Paula; EGRY, Emiko Yoshikawa. As possibilidades de enfrentamento da violência infantil na consulta de enfermagem sistematizada. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 47, n. 2, p. 320-327, abr. 2013. Disponível em Scielo

A violência infantil vem crescendo e aos serviços de saúde compete lidar com este fenômeno. A CIPESC® é uma ferramenta sistematizadora do cuidado e pode visibilizar a violência infantil nas consultas de enfermagem. Este estudo buscou identificar os limites e potencialidades da CIPESC® na consulta de enfermagem com crianças vítimas de violência doméstica. Estudo descritivo, qualitativo, tipo estudo de caso, analisou 15 relatos por web-questionário de enfermeiros da atenção básica, da Secretaria Municipal de Curitiba, Paraná, sobre a ocorrência de violência. Embora a CIPESC® tenha mostrado potencialidades, os diagnósticos e intervenções existentes da nomenclatura não foram plenamente acionados pelos pesquisados. Apresentou limites preocupantes no que tange ao reconhecimento das necessidades e vulnerabilidades que envolvem o fenômeno da violência. Conclui-se que é preciso agregar à nomenclatura os atributos referentes à liberdade e autonomia, essenciais para o enfrentamento da violência, além de maneiras de intervir baseadas em evidências.

SAÚDE DO ADOLESCENTE; PROMOÇÃO DA SAÚDE

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SOARES, Joannie dos Santos Fachinelli; LOPES, Marta Julia Marques; NJAINE, Kathie. Violência nos relacionamentos afetivo-sexuais entre adolescentes de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil: busca de ajuda e rede de apoio. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 6, p. 1121-1130, jun. 2013. Disponível em Scielo

Buscou-se analisar a rede de apoio referida pelos adolescentes no enfrentamento das situações de violência nas relações afetivo-sexuais. Utilizou-se abordagem quantitativa, para o inquérito epidemiológico, e qualitativa, para os dados das entrevistas e grupos focais. A amostra foi composta por 283 adolescentes de 15 a 19 anos de idade, estudantes do segundo ano do ensino médio de escolas públicas e particulares de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados quantitativos foram analisados por meio de descrição de frequências e da análise de associação entre variáveis. Para os dados qualitativos, utilizou-se o método de análise de conteúdo na modalidade temática. Os resultados mostram que apenas 5% dos adolescentes solicitaram ajuda para problemas decorrentes de violência e, quando o fizeram, procuraram principalmente amigos e familiares. Os profissionais de saúde foram pouco citados pelos jovens como fonte de ajuda. Destaca-se a necessidade de questionar as implicações do sistema de atenção à saúde na prevenção da violência e promoção da saúde dos adolescentes com vistas à adoção de relacionamentos saudáveis.